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    Eleições 2022

    Rádios citadas em relatório respondem a denúncias da campanha de Bolsonaro

    Aliados do presidente alegam que as emissoras exibiram mais propagandas de Lula do que o permitido pela lei eleitoral

    Leandro ResendeJosé BritoBeatriz AraújoGiulia AlecrimMarcello Sapioda CNN

    Seis das oito rádios citadas na auditoria da campanha presidencial de Jair Bolsonaro (PL) se manifestaram nesta quarta-feira (26) sobre a acusação de teriam deixado de veicular inserções da propaganda eleitoral do presidente. As emissoras negam que tenham cometido irregularidades.

    Na última segunda-feira (24), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten, alegaram que mais de 154 mil inserções que seriam destinadas a Bolsonaro não foram ao ar entre os dias 7 e 21 de outubro.

    Na terça, a campanha do presidente apresentou um relatório ao Tribunal Superior Eleitoral, com o objetivo de fundamentar parte das acusações. O documento citou oito emissoras, alegando que elas teriam divulgado mais inserções de Luiz Inácio Lula da Silva (PT):  Rádio Bispa FM, Rádio Povo FM (das cidades de Poções e de Feira de Santana), Rádio Extremo Sul FM, Rádio Hits FM, Rádio Clube FM, Rádio Viva Voz, Rádio Integração FM.

    Na noite desta quarta-feira (26), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido apresentado pela campanha do presidente para investigar as emissoras, considerando a petição “inepta”.

    Confira abaixo o posicionamento das emissoras. A Rádio Extremo Sul FM (de Itamaraju-BA) e Rádio Clube FM (de Santo Antônio de Jesus-BA) não se pronunciaram.

    Rádio Mais Vida FM.com.br (97.1) – “Rádio Bispa FM”, de Recife (PE)

    A Rádio Bispa FM emitiu um comunicado dizendo que há um desencontro de informações e a sua frequência não corresponde com o documento apresentado ao TSE. Na verdade, seria a Rádio Mais Vida FM.com.br.

    A CNN entrou em contato com o arrendatário da rádio, o empresário Fabio Macedo, que disse usar todas as inserções de propagandas políticas enviadas pelos partidos.

    Segundo afirmou Fabio, a rádio compra conteúdo do pastor Cleiton Collins, que exerce o quarto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

    Rádio Povo FM (99.5) e Feira da Santana e Poções (BA)

    Duas das rádios citadas pela campanha de Bolsonaro ao TSE pertencem a um mesmo grupo — o Sistema Pazzi de comunicação.

    As rádios Povo que operam em Feira de Santana e Poções, cidades na Bahia. As emissoras enviaram nota à CNN dizendo que “todo material de campanha recebido pelas Coligações que disputam o pleito, inclusive do candidato Jair Bolsonaro, foram e serão veiculadas conforme veiculação do Tribunal Eleitoral, não havendo erros ou omissões nessas veiculações”.

    Rádio Hits FM (103.1), de Recife (PE)

    O analista da CNN Leandro Resende apurou com a CEO da emissora, June Cristina Melo, que se disse “surpreendida” com a inclusão da rádio na ação.

    Ela afirmou que o PL, partido do presidente, tem atrasado a disponibilização das inserções no sistema do TSE – muitas, segundo ela, são inseridas após às 18h, após o horário em que o funcionário destacado para a função já não está na rádio.

    Rádio Viva Voz (89.7), de Várzea da Roça (BA)

    Em nota, a Rádio reafirmou o compromisso com a verdade e com a transparência. Além disso, afirmou que o PL atrasou a entrega do material de campanha.

    “Na volta à campanha eleitoral do 2º  turno, recebemos material de campanha de todas as coligações no dia 06/10, com exceção da coligação do candidato Bolsonaro, que só recebemos no dia 10/10. A Viva Voz FM preza pela boa-fé e enaltece a liberdade de expressão e a democracia”, disse.

    Rádio Integração FM (88.5), de Surubim (PE)

    O diretor-geral da Rádio Integração FM, à CNN, informou que fez um levantamento interno das inserções de Lula e Bolsonaro, comparou com a auditoria feita pela campanha do presidente e relatou divergências.

    Rádio Clube FM (92.7), de Santo Antônio de Jesus (BA)

    À CNN, a direção da Rádio Clube disse ter sido “surpreendida” pela notícia de que pudesse ter culpa pela não veiculação de inserções da campanha de Bolsonaro. “Cabe-nos afirmar que, após rigorosa e criteriosa investigação, nada foi encontrado que possa imputar culpa ou responsabilidade que caracterizam tratamento diferenciado a um candidato em prejuízo do outro na grade diária da programação” da rádio.

    O que diz a campanha de Jair Bolsonaro

    A respeito de notas e informações enviadas à CNN por rádios citadas no relatório da auditoria contratada pelo Partido Liberal (PL) sobre veiculação de inserções gratuitas de propaganda política, a campanha de Jair Bolsonaro respondeu:

    “Todas as entregas foram realizadas nos prazos e condições especificadas na resolução do TSE. Os documentos comprobatórios foram encaminhados para o setor jurídico da campanha.”

    Posicionamento do PL

    Segundo a assessoria da campanha, todas as entregas foram realizadas nos prazos e condições especificadas na resolução do TSE. Os documentos comprobatórios foram encaminhados para o setor jurídico da campanha.

    E lembramos que quem manda as inserções para as emissoras é o TSE e não a campanha.

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