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      Sandra Soares Costa - Cofundadora e VP do Conselho de Administração do Grupo Sabin

      Sandra Soares Costa é cofundadora e vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Sabin, um dos maiores players de medicina diagnóstica do Brasil, presente em 15 estados e no Distrito Federal.

      Mestre em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (UnB) e bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Possui MBA em Gestão de Negócios pela ESAD (UFRJ) e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral.

      Sandra também é membro do Conselho Permanente de Políticas Públicas e Gestão Governamental do DF, do Conselho Fiscal do Conselho de desenvolvimento econômico, sustentável e estratégico do Distrito Federal (CODESE), do Conselho Diretor da Universidade de Brasília (UNB) e do Conselho de Governança da Amcham.

      Em 2011, eleita uma das Melhores Gestoras de Empresas do Brasil pela Revista Valor Liderança. Em 2013, eleita uma das 100 pessoas mais influentes da saúde segundo o Grupo Mídia e em 2016 e 2017 eleita pela Forbes, uma das mulheres mais poderosas do Brasil.

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    Empreendedorismo Feminino: mulheres à frente dos Conselhos de Administração

    Há algum tempo o debate sobre a participação de mulheres nos Conselhos de Administração ganha as estratégias dos negócios e não há como negar que a agenda conquistou mais relevância na última década. Entre os diversos fatores, destaco que a pluralidade nas equipes propicia maior capacidade de incluir e trabalhar com as diferenças, aumentando o potencial de inovação e de enfrentamento das mudanças de cenários e competitividade empresarial.

    Também temos a Organização das Nações Unidas (ONU) como aliada e incentivadora da equidade de gênero, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do Pacto Global da entidade, o que nos entusiasma nessa jornada. Mas sabemos que desafio é grande. Aqui no país, os indicadores da Brasil Board Index 2021 – que pertence à consultoria Spencer Stuart – refletem que avançamos pouco em um ano. O estudo mostra que o percentual de mulheres ocupando as cadeiras dos conselhos chega a pouco mais de 14,3%, superando os índices alcançados em 2021, quando atingia tímidos 11,5%.

    Mesmo diante da maior conscientização em relação à equidade de gênero, precisamos de ações concretas das iniciativas público e privada para alcançar uma participação equilibrada na tomada de decisões e a pergunta que fica é: se há tantos ganhos, por que ainda estamos tão aquém da equidade de gênero nas corporações? O que precisamos fazer para transformar esta realidade?

    Podemos seguir o exemplo da União Europeia, que aprovou projeto que prevê cota de 40% para mulheres nos conselhos, para assegurar maior presença delas nos Conselhos de companhias listadas em bolsa. O sinal da UE ao mundo representa o amadurecimento da pauta e evidencia o impacto social desta agenda para o planeta. Mas não precisamos atravessar o continente para entender como esta tendência se reflete no nosso dia a dia, basta acessar as pesquisas que revelam que líderes femininas são as principais defensoras de uma atuação mais responsável e, em sua gestão, os fatores ambientais, sociais e de governança ganham mais destaque.

    O último relatório Women in the workplace 2022 da McKinsey & Company aponta aumento da desistência de mulheres em cargos mais altos de liderança, principalmente quando encontram um ambiente propício a microagressões que prejudicam sua autoridade ou onde seus esforços não são reconhecidos nas avaliações de desempenho. Essas profissionais tendem a sair do seu trabalho em busca de uma colocação em empresas que estão engajadas com a diversidade, equidade e inclusão. Esses aspectos são pontos importantes de atenção para a construção de trilhas de carreira que viabilizem que as mulheres conquistem nova posições de liderança como CEOs ou presidentes de conselhos.

    Mulheres em cargos de liderança batalham pela igualdade de remuneração e progressão de carreira, além de investir em ações para ter um Conselho mais igualitário e aqui me sinto muito à vontade para contar um pouco da minha trajetória. Meus anos de experiência no Conselho de Administração do Grupo Sabin e como cofundadora da empresa, ao lado da minha sócia, refletem nossa atuação em favor protagonismo das mulheres. No Sabin despertamos em nossas profissionais o desejo de crescer, inspirando-as e mostrando suas possibilidades dentro do campo de atuação e assim contribuímos para fortalecer suas carreiras com práticas que aprimoram suas capacidades para as posições de liderança, mas também propiciando um ambiente organizacional para que assumam esses desafios.

    Também entendemos que nossa missão como líderes ultrapassa as nossas estruturas e, para inspirar o contexto empresarial, participamos ativamente de ações coletivas e de políticas públicas voltadas para a diversidade e inclusão. Apostamos em relações saudáveis junto a movimentos sociais e empresas que querem deixar esse legado para o ecossistema empresarial. Estamos engajados a vários movimentos para construirmos uma cena empresarial ética, valorizando o protagonismo feminino. Como empreendedora, acredito que a diversidade nos fortalece como negócio, como grupo e como pessoas.

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