Líderes do Congresso e associação de delegados repudiam ações de Roberto Jefferson
Arthur Lira e Rodrigo Pacheco usaram redes sociais para criticar comportamento do ex-deputado federal
Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), publicaram notas com críticas ao ex-deputado federal Roberto Jefferson, que disparou tiros e lançou uma granada na direção de uma equipe da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
“O Brasil assiste estarrecido fatos que, neste domingo, atingiram o pico do absurdo. Em nome da Câmara, repudio toda reação violenta, armada ou com palavras, que ponham em risco as instituições e seus integrantes. Não admitiremos retrocessos ou atentados contra nossa democracia”, declarou Lira sem mencionar Jefferson diretamente.
Os policiais federais tentavam cumprir uma ordem de prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois de Jefferson gravar um vídeo com ofensas à ministra Cármen Lúcia.
“As atitudes repugnantes que ofenderam a ministra Cármen Lúcia e a deputada Marina Silva [xingada no sábado em Belo Horizonte], duas valorosas mulheres brasileiras, não representam a nossa sociedade, que busca um país com mais equilíbrio, serenidade e igualdade. (…) O Estado democrático de Direito confere liberdades ao cidadão, jamais o direito de praticar crimes e violar direito alheio”, afirmou Pacheco, também sem citar Jefferson nominalmente.
Delegados da Polícia Federal
Em nota, a Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudiou a ação de Jefferson. “A ADPF repudia veementemente o ataque sofrido por policiais federais durante o cumprimento de mandado de prisão, neste domingo (23), na casa do ex-deputado Roberto Jefferson, no município de Levy Gasparian, no Rio de Janeiro”, diz a entidade.
“É totalmente inaceitável qualquer tipo de violência contra policiais federais, em especial no cumprimento do dever legal estabelecido pela Constituição Federal. (…) Os delegados federais vão acompanhar vigilantes o desdobramento dos fatos e exigirão uma rigorosa punição ao responsável pelas agressões.”
Depois de resistir à prisão pela manhã, Jefferson foi preso pela Polícia Federal à noite.
Publicado por Wellington Ramalhoso