Deputados protocolam pedido de CPI contra institutos de pesquisa
Documento de autoria dos deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reuniu 179 assinaturas
Deputados aliados ao governo protocolaram nesta sexta-feira (21) um pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigar os institutos de pesquisas. O pedido tem como autores os deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Eles alegam haver “uso político dos institutos de pesquisas eleitorais a fim de influenciar o resultado das eleições em favor de determinados candidatos, partidos ou espectro político”. O documento colheu assinaturas de 179 deputados, a maioria de partidos aliados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), como PP e Republicanos. Há também assinaturas de parlamentares do Novo, MDB, PSC, União Brasil e PDT.
Serão investigadas as pesquisas a partir do ano de 2014 até as eleições de 2022. Entram na investigação os pleitos para prefeito, governador, senador e presidente da República.
Os institutos de pesquisa se tornaram alvo de questionamentos da base governista após o primeiro turno das eleições, por causa da diferença entre os resultados das urnas e as projeções para a disputa presidencial feitas nos dias que antecederam o pleito. Contrastes também foram observados nas disputas estaduais.
Para a instauração de uma CPI é necessário, no mínimo, 171 assinaturas. Agora, cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), analisar o pedido. Ele já indicou que daria andamento à instalação da CPI se os pré-requisitos fossem preenchidos.
O regimento da Câmara estabelece prazo de 120 dias, prorrogável por mais 60, mediante deliberação do plenário, para a conclusão dos trabalhos de uma CPI.
CPI também corre no Senado
O Senado também tem um pedido de abertura de CPI para investigar institutos de pesquisas eleitorais com as assinaturas necessárias – ao menos, 27. No entanto, ainda não há previsão de o requerimento ser lido em plenário pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
*Com informações de Luciana Amaral, da CNN em Brasília