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    Eleições 2022

    Lula volta a defender regulamentação da mídia; Bolsonaro diz que violência caiu

    Ex-presidente participou do podcast Flow; candidato à reeleição fez comícios no Rio e em Minas Gerais

    Carolina Cerqueirada CNN

    A 12 dias do segundo turno das eleições de 2022, os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) cumpriram agenda de campanha no Sudeste nesta terça-feira (18).

    Pela manhã, Lula participou de encontro virtual com comunicadores e, à noite, deu entrevista ao Flow Podcast. Bolsonaro fez um comício no Rio de Janeiro e dois em Minas Gerais.

    Em reunião com comunicadores, o ex-presidente pediu que sua campanha não apenas rebata críticas, mas apresente propostas para o país.

    “A gente não pode ficar como se fosse o alvo, com um escudo, tentando rebater as críticas. Rebater as críticas é necessário, mas dizer o que vamos fazer para o Brasil é extremamente necessário”, disse.

    Lula ainda afirmou que os comunicadores devem voltar suas atenções à campanha realizada por meio do WhatsApp. Ele classificou o aplicativo como “uma grande arma” utilizada por apoiadores de Bolsonaro.

    À noite, o candidato do PT concedeu entrevista ao Flow Podcast, que bateu o recorde de visualizações simultâneas da passagem do presidente no programa, em agosto. Lula teve cerca de um milhão de visualizações, e Bolsonaro, 573 mil.

    Na entrevista, o candidato petista comentou sobre o tema da regulamentação da mídia. Segundo ele, é preciso “chamar a sociedade para discutir”, mas se declarou “inimigo da censura”.

    “Eu não estou falando de censura, sou inimigo da censura. O que eu quero fazer é que tem coisas que a sociedade precisa participar. Nós precisamos chamar a sociedade para discutir”, disse.

    Lula também comentou exemplos de países que possuem regulamentação e citou que “ninguém quer como Cuba”.

    “Tem canal de televisão que só fala asneira, grosseria, só ofende. Tem que ter uma regulamentação, a última regulamentação de mídia eletrônica foi em 1962. A gente pode fazer como a legislação inglesa, a americana, ninguém quer uma regulamentação como Cuba”, concluiu.

    Jair Bolsonaro, pela manhã, participou de um comício em São Gonçalo (RJ). Em seu discurso, o presidente voltou a tecer elogios ao momento econômico do Brasil.

    “O Brasil está sendo referência para o mundo. A nossa economia vai muito bem. Cada vez mais o povo está tendo emprego, a questão da violência os números mostram, os números estão indo lá para baixo, reflexo também do povo trabalhador”, declarou.

    “Temos um novo Parlamento, muito mais para a centro-direita. O terreno está asfaltado, está tudo pronto nesse casamento com o Executivo e Legislativo [para] nós aprovarmos coisas do interesse da nossa pátria”, completou.

    Em conversa com jornalistas, o presidente voltou a prometer a permanência do Auxílio Brasil. “O maior projeto social da história do Brasil, o Auxílio Brasil de R$ 600 é uma realidade que veio para ficar”, afirmou.

    Ele ainda comentou sobre o apoio que vem recebendo do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), no segundo turno.

    “O apoio do Zema é fundamental, uma pessoa que foi reeleita no primeiro turno, com uma liderança enorme no estado, um legado no primeiro mandato dele, obviamente tá do lado dele pra mim é gratificante, tô orgulhoso e agradecido ao Zema”, disse.

    À tarde, Bolsonaro participou de mais um comício, desta vez em Juiz de Fora (MG). Ele agradeceu o empenho dos apoiadores e incentivou a ida às urnas.

    “Pedir a vocês, já vem fazendo, eu agradeço a todo mundo, empenho dedicação para mudar voto, conseguir os indecisos, levar a vó vó para votar. A votação vai ser bastante rápida, é só um voto e a pessoa vai embora. Vamos virar o jogo”, disse em pronunciamento.

    À noite, Bolsonaro teve encontro com prefeitos, seguido de outro comício em Montes Claros (MG).

    *Com informações do estagiário Kaio Teles

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