Saiba quais são as propostas econômicas dos candidatos ao governo do RS
Investimento no agronegócio e em energias renováveis são programas comuns das duas campanhas
Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) disputam o governo do estado do Rio Grande do Sul no segundo turno. Para entender as principais propostas econômicas que os dois candidatos apresentam em seu plano de governo, a CNN ouviu as equipes econômicas das duas campanhas.
Propostas econômicas do plano de governo de Onyx Lorenzoni
1) Incentivar a criação de empresas
Criar o Programa Gaúcho de Desburocratização, Revogação e Simplificação de Atos: uma grande revisão das normas e regulações de mercados, para que os incentivos corretos à criação de empresas, acumulação de ativos e inovação sejam estabelecidos, proporcionando maior criação de renda e inclusão social.
2) Apoiar o Micro e Pequeno Empreendedor
Criar um amplo Programa de Apoio ao Micro e Pequeno Empreendedor: como são os maiores empregadores no Estado, para se manterem no mercado e crescerem, necessitam de crédito simplificado e orientado, com fundo de aval; simplificação da burocracia e das exigências públicas para funcionamento; apoio à gestão e inovação e capacitação profissional.
3) Inserir mulheres e jovens no mercado de trabalho
Criar o Programa Emprega+ Mulheres e Jovens RS: tem por objetivo promover a inserção e manutenção das mulheres e jovens no mercado de trabalho.
4) Fortalecer a agricultura
Criar o Programa Agricultura Forte: o plano visa criar incentivos fiscais e de financiamento para as áreas de irrigação e armazenamento, além de investir na construção de barragens. Outro pilar do programa é o melhor manejo do solo e da água no Rio Grande do Sul, por meio da Emater em parceria com a Embrapa. Além disso, também faz parte do plano promover a aquisição de alimentos de agricultores para distribuição a famílias em situação de vulnerabilidade social, alimentação escolar e de presídios, em parceria com municípios e entidades sociais.
5) Investir em infraestrutura
Melhorar a logística do Estado, com foco em hidrovias, ferrovias e gasodutos: apostar em hidrovias, investindo na dragagem e sinalização da Lagoa dos Patos e da Hidrovia do Rio Jacuí, além de apoiar o projeto de integração da Lagoa dos Patos com a Lagoa Mirim, que ampliará o comércio com o Uruguai. Outro desafio será viabilizar a usina termoelétrica a gás de Rio Grande integrada a gasoduto que irá até a região metropolitana, conectando com a rede nacional e reduzindo o custo de produção para as indústrias. O plano busca também estimular a geração de energia por fontes renováveis como eólica, solar, hidrelétrica, biodiesel, biogás e hidrogênio Verde, além de investir na implantação de usinas eólicas offshore no litoral, tão logo seja aprovado projeto de lei pela Câmara, para transformar o Rio Grande em grande exportador de hidrogênio verde e amônia verde.
Propostas econômicas do plano de governo de Eduardo Leite
1) Investir em sustentabilidade
Crescer com inovação, transição energética e sustentabilidade: Dar continuidade ao ecossistema de inovação com o objetivo de estimular startups de setores característicos da economia gaúcha. Quanto à transição energética, o Rio Grande do Sul já se juntou aos esforços globais para mitigar as consequências do efeito-estufa, assumindo compromissos de redução da emissão de carbono. A aposta do plano é aprofundar o viés de sustentabilidade que está na organização de um polo de produção de Hidrogênio Verde, com estímulos à formação de um mercado.
2) Aderir ao Regime de Recuperação Fiscal
Praticar a responsabilidade fiscal: o plano é a favor da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, porque o regime é uma oportunidade de mudar o padrão da despesa pública no Estado. Manter o equilíbrio das contas públicas garante a capacidade de o Estado cumprir com suas obrigações e abre caminho para a realização de investimentos públicos capazes de gerar resultados de longo prazo.
3) Diminuir impostos
Reduzir impostos responsavelmente: do ponto de vista dos impostos, o foco será a reforma tributária. O plano visa participar da negociação por uma reforma tributária nacional que permita a extinção do ICMS e sua substituição por um imposto de valor agregado, em moldes internacionalmente recomendados.
4) Captar recursos da iniciativa privada
Melhorar a promoção do Rio Grande do Sul: com o intuito de conquistar novos mercados, o plano visa incentivar investimentos de empresas que já estão aqui e também atrair novas, principalmente em projetos que conversem com os setores promissores, como o agronegócio, a economia da saúde, a indústria criativa, a logística, a indústria alimentícia, a geração de energia limpa, a indústria metalmecânica – enfim, setores que estão no DNA da economia gaúcha. Para isso, o plano busca criar uma agência em parceria com a iniciativa privada, que ficará com a responsabilidade de conduzir a estratégia de promoção, alinhada com a política de desenvolvimento do Estado e em sintonia com o olhar empresarial.
5) Ampliar o programa “Devolve ICMS”
Combater a pobreza: um dos objetivos é ampliar o plano “Devolve ICMS”, por meio do qual o imposto é devolvido sobre o consumo das famílias mais pobres. São R$ 400 fixos por ano, mais uma parcela variável, proporcional ao consumo de cada família.