Debate deve ser marcado por ataques entre candidatos, apontam cientistas políticos
Em entrevista à CNN, Rafael Cortez e Adriano Oliveira avaliaram possíveis estratégias de presidenciáveis para primeiro confronto direto; CNN transmite debate às 20h deste domingo (16)
A avaliação de cientistas políticos ouvidos pela CNN é de que o primeiro debate presidencial entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser marcado por ataques entre os candidatos.
Em entrevista à CNN neste domingo (16), Rafael Cortez disse que “dificilmente o debate vai conseguir ficar protegido dessa campanha bastante pesada tanto nas redes sociais quanto na propaganda eleitoral dos candidatos muito marcado por agenda negativa”.
De acordo com o especialista, esse foco das campanhas “no pessoal, no comportamento de cada um, com mobilização de vídeos antigos” deve aparecer no debate – no que ele chamou de “lavar roupa suja em público”.
“Muito embora os candidatos procurem passar uma imagem mais serena ao longo do debate, acho difícil esse clima muito tenso do ambiente político não afetar o comportamento deles”, acrescentou.
A avaliação é compartilhada pelo cientista político e pesquisador da UFPE, Adriano Oliveira, que também afirmou à CNN que “as estratégias de ambos candidatos são estratégias de ataque”.
“O debate ganha importância porque Bolsonaro precisa aumentar a rejeição de Lula, e Lula precisa atacar Bolsonaro para evitar que sua rejeição, que está tendo variações positivas, suba”, pontuou Adriano.
“Há questões fundamentais que são os controles emocionais dos candidatos. Há temas que os candidatos se incomodam”, acrescentou, citando questões relacionadas aos filhos de Bolsonaro ou associando Lula à corrupção.
Debate
A programação para o confronto começa às 19h com o CNN 360 – Especial Debate, apresentado por Daniela Lima, trazendo os bastidores e as notícias de última hora.
Após o debate, William Waack comanda o WW Especial, analisando a repercussão dos candidatos. Tanto o pré-debate quanto o pós estarão disponíveis nas plataformas digitais e redes sociais da CNN Brasil: ao vivo no Youtube, Twitter, Facebook, TikTok e Kwai.
* Publicado por Léo Lopes. Produção por Layane Serrano, Ester Cassavia e Carolina Ferraz