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    Busca por mercado livre de energia cresce em 23 estados, aponta Abraceel

    Ministério de Minas e Energia publicou portaria permitindo que todos consumidores conectados em alta tensão possam aderir ao mercado alternativo de energia elétrica

    Lucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    O boletim mais recente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mostra aumento na procura de empresas pelo mercado livre de energia no primeiro semestre de 2022.

    A associação aponta no documento referente ao mês de julho crescimento no consumo de energia alternativa em 23 dos 26 estados mais o Distrito Federal (DF), na comparação com janeiro deste ano.

    O mercado livre permite às empresas localizadas no Brasil comprarem energia da fonte que desejarem, não ficando restritas aos distribuidores convencionais de energia.

    Para entrar no mercado livre, a organização precisa consumir pelo menos 1.000 quilowatt/hora. Em valores reais, a empresa precisa ter uma conta superior a R$ 280 mil mensais para ter acesso.

    A Abraceel revela que mais da metade das empresas localizadas nos estados de Minas Gerais e do Pará utilizam mercado livre, atualmente. Os percentuais das organizações que utilizam esse tipo de fornecimento elétrico é 52,3% e 55,5%, respectivamente.

    No mês de julho, o boletim também destaca o bom desempenho do mercado livre no Rio de Janeiro, com uma alta superior a 5 pontos percentuais, frente ao mês anterior. O setor no estado fluminense passou de 25,6% para 31% no período analisado.

    A região Sul do país também teve desempenho positivo. Na região, o destaque ficou para o estado do Paraná, onde o mercado livre atendeu a 44,8% da demanda total. Já no Rio Grande do Sul, a participação do mercado livre ficou em 33,3% em julho, ante 28,8% do mês anterior.

    Atualmente, o Brasil tem 89 milhões de focos de energia, desde prédios, casas até as grandes empresas, aponta a Abraceel. Do total de consumidores, apenas 30 mil (empresas) consomem energia via mercado livre – organizações responsáveis por 37% do consumo total de energia do país.

    E a expectativa da Associação é que o mercado alternativo de energia continue a crescer. “Em preparação à nova onda de abertura do mercado, o Brasil já registra 482 novos comercializadores de energia, sendo 49 nos últimos 12 meses”, destacou um trecho do boletim.

    Em setembro deste ano, o Ministério de Minas e Energia publicou uma portaria permitindo que todos os consumidores conectados em alta tensão possam aderir ao mercado alternativo de energia elétrica. Segundo a pasta, a medida permite que aproximadamente 106 mil novas unidades consumidoras estejam aptas a migrar para o mercado livre de energia elétrica.

    Entre as vantagens em aderir ao mercado alternativo aparece os custos mais baixos de operação. Dados mais recentes da Abraceel mostram que a conta de luz pode sofrer um desconto de aproximadamente 40% para as empresas que adotem esse tipo de fornecimento elétrico.

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