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    Tartaruga-verde com casco tomado por algas é resgatada em praia de SC

    Animal foi encontrado em estado de debilidade crônica e segue em reabilitação

    Vinícius Bernardesda CNN*

    Uma equipe de resgate do Instituto Australis resgatou, no começo deste mês, uma tartaruga-verde com o casco coberto de algas e mariscos em uma praia de Palhoça, litoral de Santa Catarina. De acordo com os pesquisadores, responsáveis pelo monitoramento das praias, o animal estava fraco devido à infestação severa de mariscos. O pedido de resgate foi solicitado por banhistas presentes no local.

    Segundo veterinários da Unidade de Estabilização de Fauna Marinha da Universidade do Estado de Santa Catarina, a presença desses organismos, conhecidos como epibiontes e comumente registrados na espécie, indica que a tartaruga já estava há algum tempo com baixa atividade, caracterizando um quadro de debilidade crônica.

    A tartaruga passou por um tratamento intensivo de estabilização, recebendo medicamentos, hidratação e suplementação alimentar. Com a melhora do quadro, os veterinários fizeram a higienização do casco para remover a infestação e levaram o animal para o Tamar, na capital, onde segue em reabilitação para, em seguida, ser devolvido à natureza.

    Casco da tartaruga. Instituto Australis

    Monitoramento de Praias

    O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para avaliar a interferência das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre aves, tartarugas e mamíferos marinhos, com o acompanhamento regular das praias e o atendimento veterinário aos animais.

    O PMP-BS, conduzido pelo Ibama, tem caráter regional e está relacionado a alguns processos de licenciamento ambiental da Petrobras, sendo realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, dividido em 15 trechos. O Instituto Australis é responsável por monitorar o Trecho 2, compreendido entre Imbituba e Governador Celso Ramos.

    Sobre o Projeto Tamar

    O Projeto Tamar, criado em 1980, atua no litoral brasileiro e foi desenvolvido com o objetivo de promover a recuperação de tartarugas marinhas, desenvolvendo ações de pesquisa, proteção, conservação e educação ambiental.

    A entidade, presente em oito estados do país (Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina), é reconhecida internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas experiências de conservação da vida marinha por conta de suas ações na preservação de animais ameaçados de extinção.

    *Sob supervisão de Carolina Figueiredo

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