Consumo de cerveja que migrou para as casas permaneceu alto em 2021, diz estudo
Performance de 2021 se deve, principalmente, ao crescimento de vendas diretas ao consumidor em plataformas digitais
O consumo de cerveja que migrou dos bares para as casas durante a pandemia não voltou aos patamares anteriores com a reabertura da economia. Em 2020, com o auge do fechamento do comércio, o volume de cerveja vendido em bares e restaurantes ficou em 57,5% do todo. Já as compras via pontos de venda para o consumo em casa representaram 42,5%.
Em uma análise consolidada de 2021, verificou-se que o consumo de cerveja fora do lar passou a registrar 58,4%, ou 8,4 bilhões de litros, bem próximo ao observado um ano antes. Já supermercados e comércios do tipo ficaram com 41,6%: 5,9 bilhões de litros de cerveja comercializados para que o cliente bebesse em casa.
Em 2018 e 2019, o consumo de cerveja girava em torno de 38% nos pontos de venda como supermercados, hipermercados, mercearias, nos quais o consumo não ocorre dentro do ambiente de compras.
Enquanto isso, bares e restaurantes representavam 62% do consumo. Os dados são do levantamento da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor, para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – Sindcerv.
Para a Euromonitor, a performance de 2021 se deve, principalmente, ao crescimento de vendas diretas ao consumidor em plataformas digitais, que subiu 1,5% em 2021 – e nos atacarejos, com o aumento de 13% no mesmo período.
“Devido à tradição cultural brasileira, é esperado que com a flexibilização das restrições da pandemia, no ano de 2022, o consumo retorne com mais força nos estabelecimentos de alimentação fora do lar, com a retomada de grandes eventos musicais, festas culturais e a Copa do Mundo, explica o superintendente do Sindicerv, Luiz Nicolaewsky.