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    PGR pede para arquivar inquérito contra Renan Calheiros por delação da Odebrecht

    Ação apura se o ex-presidente do Senado recebeu propina para favorecer a construtora

    Senador Renan Calheiros (MDB-AL)
    Senador Renan Calheiros (MDB-AL) Edilson Rodrigues/Agência Senado (27.abr.2021)

    Gabriel HirabahasiGabriela Coelhoda CNN em Brasília

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, nesta terça-feira (11), que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive uma investigação contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) que apura se o ex-presidente do Senado recebeu propina para favorecer a Odebrecht.

    A PGR afirmou que o inquérito em andamento no Supremo não foi capaz de “comprovar concretamente a solicitação ou recebimento de vantagem indevida” por parte de Renan Calheiros.

    Na manifestação enviada ao STF nesta segunda (10), e tornada pública nesta terça (11), a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, disse que “não houve o rastreamento de dinheiro em moeda corrente que teria supostamente sido entregue ao mencionado agente político”.

    Segundo Lindôra, “apesar das diligências investigatórias, do compartilhamento de provas obtidas em outras investigações, das quebras de sigilo bancário, fiscal, telemático e de dados telefônicos, e da realização de buscas e apreensões autorizadas judicialmente”, não foi possível rastrear o caminho do dinheiro até o senador.

    “Sobreleva ressaltar que as diligências investigativas adotadas com o intuito de rastrear o caminho do dinheiro (follow the money.and catch the money) não evidenciaram o movimento da suposta quantia destinada à Justiça (codinome atribuído ao Senador Renan Calheiros) na estrutura sofisticada de operacionalização da Odebrecht, via conta “Botox” mantida no Trendbank e conta da Balmer no Credcorp”, afirmou a vice-procuradora-geral.

    O inquérito foi aberto a partir da delação de executivos da construtora, que esteve no centro da operação Lava Jato.

    Segundo a acusação, a Odebrecht teria pago R$ 8,5 milhões em propina para diversos políticos para garantir a aprovação de uma resolução que reduziria a alíquota do ICMS de importação dos estados.

    Os delatores afirmaram que Renan teria recebido R$ 1 milhão em propina neste caso. A defesa do senador nega as acusações.