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    Vendas de cimento têm queda de 3,8% em setembro na comparação anual, diz sindicato

    Endividamento das famílias, manutenção da Selic em 13,75% ao ano e recuperação "lenta" dos salários são fatores que resultaram na desaceleração do produto, segundo o SNIC

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business , em São Paulo

    As vendas de cimento tiveram queda de 3,8% em setembro em comparação ao mesmo mês de 2021, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Ao todo, foram 5,5 milhões de toneladas do produto comercializadas no período.

    O sindicato aponta que o endividamento crescente das famílias, a manutenção da Selic em 13,75% ao ano e a “lenta” recuperação dos salários são fatores que resultaram na desaceleração das vendas de cimento.

    No acumulado de janeiro a setembro foram vendidas 47,7 milhões de toneladas, recuo de 3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na comparação mensal, com agosto deste ano, houve aumento de 1,6% nas vendas do produto.

     

    “Após cinco anos de crise, a indústria do cimento conseguiu entre 2019 e 2021 um ganho significativo nas vendas. Saímos de 53 milhões de toneladas para 65 milhões de toneladas. Nossa expectativa para 2022 era de manter os ganhos deste triênio, mas infelizmente em razão das altas da taxa de juros, do endividamento e da pressão de custos nós não conseguimos”, declarou Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.

    O cenário externo também foi apontado como desfavorável para a indústria, em razão do reflexo negativo de apertos monetários globais e das pressões nos preços de insumos energéticos, assim como no caso das matérias-primas utilizadas no processo produtivo do cimento, que “mantiveram alto percentual de reajuste desde 2020”.

    Ainda assim, o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento destacou que um cenário de franca recuperação de empregos e do Produto Interno Bruto e o arrefecimento da inflação têm potencial para reduzir a queda de vendas de cimento para o patamar de 2%.

    “Em razão das melhores condições macroeconômicas, devemos fechar o ano em -2%, um ganho infelizmente não registrado como esperávamos”, concluiu Paulo Penna.

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