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    MPF pede explicações sobre fala de Damares sobre supostos crimes contra crianças

    Em discurso feito no último sábado (8), senadora eleita pelo Distrito Federal afirmou que crianças da ilha do Marajó, no Pará, são traficadas para o exterior

    Gabriela BernardesLéo Lopesda CNN , em Brasília e São Paulo

    O Ministério Público Federal (MPF) pediu explicações ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) após uma fala da ex-ministra Damares Alves sobre supostos crimes contra crianças, que teriam sido descobertos pelo governo federal.

    Em um discurso feito no último sábado (8), em Goiânia, a senadora eleita pelo Distrito Federal afirmou que crianças da ilha do Marajó, no Pará, “são traficadas para o exterior e são submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais”, relembrou o MPF.

    Damares ainda disse que “explodiu o número de estupros de recém-nascidos”, e que, no MMFDH, “há imagens de crianças de oito dias de vida sendo estupradas”.

    O MPF enviou ofício à secretária-executiva do Ministério, Tatiana Barbosa, solicitando informações sobre esses supostos crimes que a ex-ministra anunciou ter descoberta em visita ao arquipélago.

    “Membros do MPF no Pará pedem à Secretaria-executiva do MMFDH que apresente os supostos casos descobertos pelo ministério, indicando todos os detalhes que a pasta possua, para que sejam tomadas as providências cabíveis”, afirmou o MPF, em comunicado.

    O órgão ainda cobrou quais providências o MMFDH tomou ao descobrir os casos, e se houve denúncia ao Ministério Público ou à Polícia.

    Procurada pela CNN, a assessoria de Damares enviou uma nota dizendo que as afirmações “foram apresentadas com base em numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes”.

    “Sobre o caso específico do Marajó, o programa Abrace o Marajó foi criado justamente como resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental, que caracteriza uma porção expressiva da Amazônia Brasileira”, acrescenta.

    O Ministério concluiu dizendo que as denúncias registradas pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos são encaminhadas aos órgãos competentes e monitoradas.

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