Campanha de Lula pede que TSE remova vídeos que o associam a drogas e à criminalidade
Conjunto de desinformações se inicia com um vídeo gravado pelo agora deputado federal Nikolas Ferreira, do Partido Liberal (PL); gravação foi publicada nas redes sociais do bolsonarista
A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma ação na qual pede que a Corte Eleitoral determine a remoção de vídeos nos quais o candidato petista supostamente incentivaria o uso de drogas por crianças e adolescentes.
O vídeo também mostra que Lula estaria associando e incentivaria a criminalidade, teria a intenção de censurar as redes sociais e as publicações dos usuários; iria patrocinar “ditaduras genocidas”, e prenderia cidadãos que fossem às ruas se manifestar politicamente.
O conjunto de desinformações se inicia com um vídeo gravado pelo agora deputado federal Nikolas Ferreira, do Partido Liberal (PL). O vídeo foi compartilhado em suas redes sociais.
“Trata-se de um compilado de estigmas sabidamente inverídicos e com estrito intuito de influenciar no pleito deste ano e atentar contra a honra e imagem do candidato Luiz Inácio Lula da Silva”, diz a defesa.
Para a campanha, a narrativa empreendida utiliza diversas informações sabidamente inverídicas para modular a opinião do eleitor a partir de desinformação, vilipendiando frontalmente a liberdade de pensamento, cidadania e voto consciente”, acrescenta a defesa.
Segundo a defesa de Lula, o cidadão tem direito a não ser exposto a conteúdos falsos e desinformativos.
“A previsão também encontra guarida em norma do TSE, que veda expressamente a divulgação de fatos inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinjam a integridade do processo eleitoral”.
Nikolas Ferreira, do PL, foi o candidato a deputado federal mais votado do Brasil e da história de Minas Gerais. Com 26 anos e formado em Direito pela PUC-MG, recebeu 1.492.047 votos (com 100% das urnas apuradas).
A CNN Brasil entrou em contato com Nikolas. Ele informou que ainda não foi notificado judicialmente.
“A democracia nos permite nos manifestarmos acerca do que defendemos, do que achamos certo e de lutarmos contra atos e práticas que entendemos nocivos à população”, disse.