Pacheco: Pedido de CPI sobre institutos de pesquisa será tratado com normalidade
Até 20h30 desta terça, assessoria de Marcos do Val confirma ter recolhido 16 assinaturas; são necessárias 27
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta terça-feira (4), que o pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar institutos de pesquisas, articulado pelo senador Marcos do Val (Podemos-GO), será tratado dentro da normalidade e de acordo com o regimento da Casa.
“Será dado o tratamento devido a todo pedido de CPI, a avaliação dos requisitos e o encaminhamento dentro da normalidade do regimento”, disse, ao ser questionado sobre o assunto.
Pacheco afirmou ainda não ter avaliado o mérito do pedido e ressaltou que o requerimento não foi formalizado com as assinaturas suficientes. São necessárias, ao menos, 27 assinaturas em apoio a um pedido de CPI para que seja analisado oficialmente. Até às 20h30 desta terça, a assessoria de Marcos do Val informou ter reunido 16 assinaturas em prol da CPI (veja lista ao final).
“Uma vez feito, vamos fazer obviamente uma avaliação”, acrescentou Pacheco.
Marcos do Val apresentou, nesta segunda (3), um pedido de CPI para “apurar, mediante exame técnico, os sistemas de realização de pesquisas eleitorais de intenção de voto pelas principais empresas e institutos do país, com a finalidade de aferir as causas das expressivas discrepâncias entre as referências prognósticas, principalmente de curtíssimo prazo, e os resultados apurados”.
Do Val argumenta que há “expressiva discrepância entre a intenção de voto aferida e os resultados efetivamente apurados, notadamente as de curtíssimo prazo”.
Os institutos de pesquisa se tornaram alvo de questionamentos após o primeiro turno das eleições por causa da diferença entre os resultados das urnas e as projeções para a disputa presidencial feitas nos dias que antecederam o pleito.
Os contrastes também foram observados nas disputas estaduais.
Levantamento da CNN com base nas principais pesquisas divulgadas entre 29 de setembro e 1º de outubro mostra que as sondagens erraram os percentuais do primeiro, do segundo ou dos dois candidatos mais votados, fora das margens de erro, em 21 estados e no Distrito Federal.
Em sete estados, as pesquisas erraram a ordem do primeiro e segundo candidatos.
Os números foram compatíveis com o resultado das urnas em cinco estados: Acre, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Tocantins. O levantamento da CNN considerou as pesquisas Datafolha, Ipec, Ipespe, Quaest, RealTime Big Data e Atlas.
Veja quem apoiou o pedido de abertura da CPI dos institutos de pesquisa, segundo a assessoria do senador Marcos do Val:
- Marcos do Val (Podemos-ES);
- Mecias de Jesus (Republicanos-RR);
- Eduardo Girão (Podemos-CE);
- Telmário Mota (Pros-RR);
- Marcos Rogério (PL-RO);
- Carlos Portinho (PL-RJ);
- Jorge Kajuru (Podemos-GO);
- Plínio Valério (PSDB-AM);
- Lucas Barreto (PSD-AP);
- Eliane Nogueira (PP-PI);
- Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO);
- Guaracy Silveira (PP-TO);
- Zequinha Marinho (PL-PA);
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
- Styvenson Valentim (Podemos-RN);
- Lasier Martins (Podemos-RS).