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    Eleições 2022

    Lira defende regulamentação de pesquisas eleitorais

    Para presidente da Câmara, pesquisas tentaram “induzir o eleitor a posicionamentos que não refletiram a vontade das urnas”

    Carolina Cerqueirada CNN

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça-feira (4) que as pesquisas de intenção de voto não refletiram os resultados das urnas e tentaram “induzir o eleitor”. Ele defendeu que os institutos sigam regulamentação única e passíveis de punições.

    “Realmente atrapalha muito, tanto a publicação de — eu vou chamar por enquanto de erro, para não adjetivar de outra maneira — mas a veiculação por alguns meios de comunicação, de maneira muito assertiva e tentando induzir o eleitor a posicionamentos que não refletiram a vontade das urnas”, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

    O presidente da Câmara afirmou que é preciso “tomar providências” e considerou a possibilidade de punição de institutos de pesquisa e de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

    “Nós temos que tomar as providências, eu tenho sido procurado por parlamentares para a instalação de CPI. Eu particularmente penso que CPI é um instrumento muito forte do Congresso Nacional, nesse caso eu não sei se seria adequado. Mas uma alteração dura na legislação para que a gente possa reprimir, punir, e banir do sistema político brasileiro empresa de pesquisa, porque não chamo de empresa, são empresas. São pessoas jurídicas que ganham dinheiro fazendo pesquisas”, colocou.

    Segundo ele, é preciso ter uma regulamentação e uma “metodologia única”. “Você pode variar o número de pessoas, o tipo de questionário, mas não pode variar na base de cálculo estatística. Você não pode levar em consideração dados que se confrontem de um instituto para outro”, acrescentou.

    Segundo turno

    Lira também disse esperar que, para o segundo turno, que será disputado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), seja deixada de lado a “polarização muito forte” em prol da discussão dos planos de governo dos candidatos.

    “Agora é um contra um. É uma decisão muito clara que o brasileiro vai ter que discutir e ver que Brasil você quer, que modelo de Estado você quer. Que peso de Estado você quer, sem uma influência negativa”, afirmou.

    Segundo ele, caso Lula seja eleito, terá que ter “uma postura grande para formar um governo de coalização, que é o que existe no Brasil”.

    “O ex-presidente bate muito no Orçamento que eu chamo de municipalista, ele chama de secreto. É um erro que a grande imprensa está fazendo, em discutir esse tema de maneira tão superficial, sem entender os méritos, os benefícios, e a participação do Congresso Nacional nesta indicação”, acrescentou.

    Com informações de Gabriela Bernardes