Saiba o que é a sala-cofre do TSE e para que ela serve
Noventa computadores que armazenam os dados do processo eleitoral brasileiro estão na sala-cofre
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem duas salas-cofre de acesso restrito. Apenas pessoas autorizadas podem entrar nos locais, para garantir “a segurança do processo eleitoral brasileiro”.
A sala-cofre ganhou o noticiário nas eleições deste ano após vários questionamentos levantados pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que existia uma “sala secreta de apuração”.
O ministro Alexandre de Moraes disse que “não há nada mais sigiloso que o voto” no Brasil. Ele fez a assinatura real e virtual dos dados que estão armazenados no sistema.
À CNN, o TSE informou que 90 computadores que armazenam os dados do processo eleitoral brasileiro estão na sala-cofre, em dois espaços construídos no edifício anexo ao prédio do tribunal, em Brasília (DF). No primeiro, ficam armazenados o cadastro nacional de eleitores, o registro e a prestação de contas dos candidatos. É nessa sala-cofre que se centraliza a apuração e totalização dos votos de todo o país.
No outro, estão a Autoridade Certificadora das Urnas Eletrônicas e as matrizes dos softwares que fazem funcionar as urnas eletrônicas. Esses programas possuem assinaturas e registros digitais do TSE, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos partidos políticos e da Procuradoria Geral Eleitoral.
Segurança reforçada
As salas são reforçadas com sistemas contra incêndio e terremotos. O espaço tem sistema de ar-condicionado que mantém a temperatura em 18ºC e verifica constantemente a presença de fumaça.
Em caso de incêndio, um gás extintor especial é expelido no ambiente, sem que haja qualquer dano aos computadores.
“Para entrar nesse ambiente, cujo acesso é extremamente restrito e monitorado 24h, durante os sete dias da semana, é preciso passar por cinco portas codificadas, sendo que a quarta e a quinta só abrem com duas pessoas que possuem esse acesso”, informa o TSE.
Somente três servidores têm acesso ao local e, para abrir as portas, é necessária a leitura das digitais de dois deles ao mesmo tempo, além de crachá específico.
Há também uma chave que fica guardada em um segundo cofre, também com entrada restrita.
Outra medida de segurança é que, tanto para entrar quanto para sair do local, cada porta do nível anterior esteja fechada para que a seguinte possa abrir.