TRE-DF sorteia urnas eletrônicas para teste de integridade
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, atendeu pedido de verificação feito pelas Forças Armadas
O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) sorteia, neste sábado (1º), as urnas eletrônicas que vão passar tanto por teste de integridade tradicional quanto teste com biometria no domingo (2).
Vinte urnas devem ser sorteadas; 14 para o teste de integridade que ocorre na Câmara Legislativa do DF e outras 6 que serão utilizadas na Escola Canadense de Brasília. O teste de biometria é voluntário e foi um pedido das Forças Armadas, atendido pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
O presidente do TRE-DF, desembargador Robeval Belinati, informou que o plano era fazer o teste com biometria em apenas duas urnas. Porém, atendendo solicitação de Moraes, a quantidade foi ampliada para seis.
“Todo o processo é filmado, conta com a participação de entidades fiscalizadoras e pode ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no local de realização do teste”, ressaltou Belinati.
Agentes do TRE-DF devem convidar eleitores que estiverem na Escola Canadense para participar voluntariamente do teste, que será uma simulação.
Saiba o que o resultado do teste de integridade da urna pode indicar
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, fecharam nesta quarta-feira (31) um acordo sobre um possível teste de integridade nas urnas eletrônicas nas eleições deste ano.
O objetivo do teste é verificar se a urna processa corretamente o voto, comparando a soma dos votos na cédula com o boletim de urna.
Os militares defendiam que a urna fosse testada na própria seção eleitoral (hoje ela é levada aos Tribunais Regionais Eleitorais) e que um eleitor usasse a biometria para liberar a urna eletrônica (hoje um servidor da Justiça Eleitoral libera a urna para digitação).
Pelo acordo, haverá o teste nos moldes defendidos pelos militares, mas em uma quantidade muito menor do que a que eles defendiam.
O número de urnas que serão submetidas a esse formato não foi divulgado, mas, na nota emitida pela Corte após o encontro, foi informado que a proposta se tratava de um “projeto-piloto complementar”.
“A importância da manutenção da realização do Teste de Integridade, que ocorre desde 2002, como mecanismo eficaz de auditoria foi ressaltada por ambas as áreas técnicas, que apresentarão, em conjunto, a possibilidade de um projeto-piloto complementar, utilizando a biometria de eleitores reais em algumas urnas indicadas para o referido teste, conforme sugestão das Forças Armadas no âmbito da Comissão de Transparência Eleitoral”, diz a nota.
O texto informa ainda que, “na reunião desta quarta-feira (31) entre o Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério da Defesa, com apresentações técnicas, ficou reconhecido o êxito dos testes de verificação das Urnas Eletrônicas, inclusive do modelo UE 2020, realizados pela USP, Unicamp e UFPE e a importância da realização de um evento público com a Comissão de Transparência Eleitoral e as entidades fiscalizadoras para a apresentação desses resultados”.
Por fim, a nota acrescenta também que “foi reafirmado que haverá a divulgação de todos os BUs (Boletins de Urna) pelo TSE, possibilitando a conferência e totalização dos resultados eleitorais pelos partidos políticos e entidades independentes”.