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    Eleições 2022

    PF apreende R$ 400 mil em operações contra crimes eleitorais no Acre

    Quantia equivale a 20% das apreensões ligadas às eleições realizadas desde janeiro em todo o Brasil

    Leonardo RibbeiroVianey Bentesda CNN , em Brasília

    A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quarta-feira (28) quase R$ 400 mil em duas operações realizadas no Acre para apurar indícios de crimes eleitorais. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a candidatos a cargos proporcionais.

    Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela polícia. Mas a CNN apurou que uma das investigações está relacionada à candidata a deputada federal Lanna Vaz (PSDB).

    Na ação, que recebeu o nome de Operação Comitê Violeta, numa referência a cor usada pela candidata na campanha, foram cumpridos três mandados judiciais na capital Rio Branco. Neste caso, a operação conjunta com o Ministério Público Eleitoral (MPE) teve início em setembro.

    Segundo a PF, foi identificado “estreito laço com indivíduos pertencentes a uma facção criminosa atuante no Acre, com a finalidade de criar uma rede de proteção, a qual fora utilizada da maneira mais variada, principalmente com a possível compra de votos”.

    Os envolvidos podem responder por crime de corrupção eleitoral, com pena prevista de até quatro anos de reclusão, e falsidade ideológica, que prevê até cinco anos de prisão. Ambos os delitos estão previstos no Código Eleitoral.

    A equipe da CNN procurou a candidata, mas, até o momento, não obteve retorno.

    Operação Algibeira

    Simultaneamente à Operação Comitê Violeta, policiais realizaram outra ação em Rio Branco também com a finalidade de coibir a prática de abuso do poder econômico e político durante o período eleitoral.

    De acordo com a polícia, nesta investigação, foram identificados operadores financeiros, que guardavam quantias em espécie em determinado “bunker”, com a finalidade de dar suporte a eventuais candidatos e campanhas políticas.

    “Foi possível constatar no decorrer da apuração que indivíduos armazenavam altas quantias em seus bolsos e deixavam o local, inúmeras vezes ao dia, com volumes em suas roupas, em razão das grandes quantias em espécie que portavam”, informou a PF em nota.

    O nome da operação faz referência ao método mais utilizado pelos investigados na tentativa de retirar de forma discreta os recursos em espécie armazenados no imóvel alvo de buscas.

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