Putin deve anunciar adesão de regiões ocupadas na sexta (30), diz Reino Unido
Referendos em andamento nesses territórios estão programados para terminar nesta terça-feira (27), disse o Ministério da Defesa britânico
O presidente russo, Vladimir Putin, provavelmente anunciará a adesão de regiões ocupadas da Ucrânia à Federação Russa durante seu discurso ao Parlamento na próxima sexta-feira, 30 de setembro, disse o Ministério da Defesa britânico nesta terça-feira (27).
Os referendos atualmente em andamento nesses territórios estão programados para terminar nesta terça-feira, disse o Ministério da Defesa em seu comunicado diário no Twitter.
“Os líderes da Rússia quase certamente esperam que qualquer anúncio de adesão seja visto como uma defesa da operação militar especial e consolide o apoio patriótico ao conflito”, afirmou.
Sanções
Os Estados Unidos “nunca reconhecerão” o território ocupado pela Rússia como “algo que não seja… parte da Ucrânia”, disse a Casa Branca, enquanto líderes separatistas em quatro regiões da Ucrânia dizem que estão em andamento referendos sobre a separação da Ucrânia e a adesão ao Federação Russa.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse a Kaitlan Collins, da CNN, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26), que o “referendo falso” era uma “violação flagrante do direito internacional”.
“Continuaremos a trabalhar com nossos aliados e parceiros para responsabilizar a Rússia e apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário”, disse Jean-Pierre.
“No que estamos fazendo, estamos preparados para impor custos econômicos adicionais rápidos e severos à Rússia, junto com nossos aliados e parceiros, em resposta a essas ações que estamos vendo atualmente, se avançarem com a anexação”, disse ela. Ela acrescentou: “você ouvirá mais de nós nos próximos dias sobre isso”.
Mobilização parcial gera conflitos
Vários vídeos publicados nas redes sociais mostram centenas de civis participando de um segundo dia de protestos contra a mobilização militar na região russa do Daguestão.
Os vídeos mostram brigas na praça principal da capital do Daguestão, Makhachkala, envolvendo dezenas de jovens. Eles também mostram a polícia fazendo uma série de prisões.
Em um aparente esforço para aplacar os manifestantes, o chefe da República, Sergey Melikov, disse que a mobilização deve ocorrer “estritamente de acordo com os critérios estabelecidos pelo presidente”.
Em uma mensagem em seu canal Telegram, Melikov disse que se “aqueles que não estão incluídos na lista fossem mobilizados, incluindo estudantes, pais com muitos filhos com filhos pequenos, caras que nunca seguraram uma metralhadora nas mãos, [isso] deve ser imediatamente corrigido”.
(*Com informações de Nikki Carvajal, Uliana Pavlova, Josh Pennington e Jessie Yeung, da CNN)