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    Oposição italiana culpa desunião e populismo por derrota nas eleições

    Resultados mostravam a aliança conservadora, que inclui os Irmãos da Itália, de Meloni, a Liga, de Matteo Salvini, e o Força Itália, de Silvio Berlusconi, a caminho da vitória

    Angelo AmanteRodolfo Fabbrida Reuters

    Os líderes dos partidos de oposição da Itália culparam a falta de unidade e os eleitores que escolheram o caminho do populismo pela derrota eleitoral, nesta segunda-feira (26), depois que o bloco de direita de Giorgia Meloni venceu as eleições parlamentares nacionais.

    Próximo do fim da contagem, os resultados mostravam a aliança conservadora, que inclui os Irmãos da Itália, de Meloni, a Liga, de Matteo Salvini, e o Força Itália, de Silvio Berlusconi, a caminho de uma maioria sólida nas duas casas do Parlamento.

    Os partidos de centro-esquerda e de centro, que disputaram a eleição isolados após uma série de desentendimentos, conquistaram coletivamente mais votos do que a direita, mas uma lei eleitoral favorece amplas alianças.

    Enrico Letta, o chefe do Partido Democrático (PD), da oposição, anunciou que deixará o cargo.

    Letta, cujo partido obteve cerca de 19% dos votos, disse que a vitória da direita teve suas raízes na decisão do Movimento 5 Estrelas (M5S) de retirar o apoio da administração de unidade nacional de Mario Draghi em julho passado.

    Isso causou a renúncia do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), pondo fim aos planos de Letta de forjar uma aliança eleitoral com o Movimento 5 Estrelas, que obteve cerca de 15% graças a um forte desempenho no sul.

    O líder do Movimento 5 Estrelas, Giuseppe Conte, disse durante a noite que era culpa do PD caso tenha se provado como impossível a centro-esquerda vencer.

    Carlo Calenda, líder do partido de centro Ação, que inicialmente se aliou ao PD, mas depois desistiu da aliança, lamentou que grande parte do país “escolheu o caminho do populismo”.

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