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    Pesquisador do Datafolha diz que foi agredido com socos e chutes no interior de São Paulo

    Caso aconteceu na última terça-feira (20) na cidade de Ariranha; profissional havia terminado uma entrevista quando teria sido abordado por dois homens

    Júlia VieiraBárbara Brambilada CNN em São Paulo

    Um pesquisador do Datafolha disse que foi agredido na tarde de terça-feira (20) com socos e chutes em Ariranha, no interior de São Paulo. Segundo o boletim de ocorrência obtido pela CNN, o funcionário do instituto de pesquisa estava entrevistando uma pessoa quando foi abordado por dois homens, que o chamaram de “vagabundo” e começaram agredi-lo pelas costas. O caso foi registrado como injúria e lesão corporal.

    De acordo com o testemunho, a vítima foi socorrida e levada a um pronto-socorro local por um desconhecido.

    Após receber atendimento e passar por exames de lesões corporais, o pesquisador foi liberado.

    “A vítima foi cientificada quanto a forma e ao prazo para representar criminalmente, desejando neste ato apenas o registro dos fatos”, acrescenta o B.O.

    O funcionário do Datafolha tem um prazo de seis dias, a contar a partir da comunicação do autor, para o oferecimento de representação criminal e para o oferecimento de queixa-crime.

    O jornal “Folha de S. Paulo” aponta que o pesquisador diz ter sido agredido por dois bolsonaristas em meio a uma escalada de hostilidade contra profissionais do instituto durante o processo eleitoral.

    Conforme a Folha, o ataque começou quando o pesquisador finalizou sua entrevista com o outro morador. Ele teria se virado pois “os pesquisadores do instituto recebem um treinamento padronizado, que determina que pessoas que se oferecem para serem entrevistadas devem ser obrigatoriamente evitadas, para que a amostra seja aleatória”.

    Ao se virar, ele foi atingido pelas costas por Rafael Bianchini, e o tablet usado para a entrevista foi derrubado ao chão.

    O veículo afirma que, após ser atingido, o profissional reagiu, sendo agredido também pelo filho do homem. Além de “vagabundo”, os dois teriam gritado “Só pega Lula”.

    A matéria do jornal relata ainda que Bianchini entrou em sua residência e voltou com uma peixeira, mas foi contido pelo seu filho.

    À CNN, o Instituto Datafolha confirmou as informações citadas pelo veículo.

    A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), com a Polícia Militar e com a Prefeitura de Ariranha, mas ainda não obteve retorno de nenhuma das partes.