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    Questão cultural gera dificuldade para o homem ir ao urologista, diz médico

    À CNN Rádio, o urologista Fernando Leão reforçou a importância de uma ida regular ao médico para evitar doenças

    Amanda Garciada CNN

    Os dados do Ministério da Saúde que apontam que meninos vão 18 vezes menos ao urologista do que meninas vão ao ginecologista são explicados por uma questão cultural.

    Esta é a avaliação do urologista e cirurgião robótico do Hospital Israelita Albert Einstein, Fernando Leão.

    “A gente sempre soube que existe essa deficiência, essa situação onde o homem tem dificuldade de procurar o urologista para fazer os exames preventivos, é uma questão cultural”, disse, em entrevista à CNN Rádio.

    O médico explica que as mães geralmente passam para as filhas essa cultura de ir ao ginecologista quando a menina menstrua pela primeira vez, para “entender esse processo hormonal.”

    “O homem não tem esse marco e passa despercebido, o homem não tem instinto de orientação sexual, acha que dá conta de resolver sozinho.”

    O ideal, segundo Fernando Leão, é que os pais levem seus filhos ao urologista a partir dos 15 anos, na fase da puberdade.

    “A ida a um profissional pode antecipar eventos, o diagnóstico precoce permite que o paciente tenha sucesso em tratamento de doenças”, contou.

    Entre essas doenças, estão o câncer de próstata, varicocele (que causa a infertilidade) e até cálculos urinários.

    *Com produção de Isabel Campos

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