Saiba como será o funeral da rainha Elizabeth II nesta segunda-feira (19)
Cerimônia começa às 7h (Horário de Brasília), em Westminster
O funeral da rainha Elizabeth II será realizado nesta segunda-feira (19) na Abadia de Westminster, em Londres. A previsão é de que a cerimônia seja iniciada às 7h, no horário de Brasília.
O caixão da rainha está no Palácio de Westminster desde quarta-feira (14), quando chegou de uma procissão vinda do Palácio de Buckingham.
Desde então, a vigília ao caixão da monarca está aberta ao público. O velório será encerrado às 2h30 (6h30 no horário de Londres).
O caixão será carregado em procissão do Palácio até à Abadia. A cerimônia terá duração de uma hora.
Com o início do funeral, será tocada a melodia “Last Post”, seguida por dois minutos de silêncio e ainda leitura de lições e momentos de oração. O hino nacional marcará o encerramento da cerimônia.
Quem estará presente no funeral da rainha?
Embora a família real não tenha divulgado uma lista oficial de convidados, a expectativa é de que o funeral tenha cerca de 2.000 pessoas.
A cerimônia contará com a presença de chefes de Estado e representantes de governos estrangeiros, incluindo famílias reais estrangeiras, governadores-gerais e primeiros-ministros dos Reinos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi um dos primeiros a confirmar sua presença no evento. O imperador japonês Naruhito e a imperatriz Masako também viajarão para Londres, assim como outros líderes globais.
Representantes dos Reinos e da Commonwealth, das Ordens de Cavalaria – incluindo os destinatários da Victoria Cross e George Cross, governo –, do Parlamento e das Assembleias devolvidas, da Igreja e dos Patronatos de Sua Majestade também formarão a congregação.
Sepultamento
O caixão seguirá em procissão até o Castelo de Windsor. Durante a noite, a rainha será sepultada junto com o duque de Edimburgo – príncipe Philip, que era marido da rainha – em ritual privado na Capela Memorial do Rei George VI.
Dentre os atos solenes previstos, haverá a condução do caixão até o cofre real, sob a leitura de um salmo pelo reitor de Windsor. O serviço será encerrado com o hino nacional.
Esquema de segurança
Os chefes de polícia de Londres estão se preparando para um forte esquema de segurança, equilibrando a necessidade de proteger os principais líderes e dignitários do mundo com o desejo do público de lamentar a morte da monarca.
Com o codinome de “Operação London Bridge”, os preparativos para o funeral da monarca que mais tempo ficou no trono foram cuidadosamente analisados há anos pelas muitas agências envolvidas e a própria rainha assinou todos os detalhes antes de sua morte.
Estarão envolvidas a Polícia Metropolitana de Londres, a Polícia da Cidade de Londres e a Polícia de Transportes Britânica.
A gigantesca operação logística também envolve inúmeros outros setores, como serviço médico, fechamento de estradas e esquema de banheiros e limpeza de ruas.
Cerca de dois mil voluntários e funcionários da St. John Ambulance fornecerão suporte 24 horas em Londres e Windsor.
Foram realizadas inspeções de segurança contra incêndio em mais de 40 centros de transporte central e também em cerca de 160 em hotéis, restaurantes, lojas, entre outros estabelecimentos.
Alguns compararam o evento com as Olimpíadas de Londres, mas, na verdade, o funeral de Estado – o primeiro na Grã-Bretanha desde que Winston Churchill morreu em 1965 – provavelmente superará a extravagância esportiva de 2012.
Em entrevista à Sky News no início desta semana, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse sobre a escala: “Se você pensar na maratona de Londres, no carnaval, nos casamentos reais anteriores, nas Olimpíadas – é tudo isso em um”.
O vice-comissário assistente Stuart Cundy disse a jornalistas que essa deve ser “a maior operação de proteção global que a Polícia Metropolitana já realizou”, pois “centenas de líderes mundiais e VIPs” estão em Londres.
Quando perguntado especificamente como convidados de alto nível seriam transportados para a Abadia de Westminster, em Londres, para o serviço fúnebre, Cundy se recusou a dar detalhes específicos, dizendo que não seria propício para um “evento seguro”.
Convites foram enviados a líderes mundiais, políticos, figuras públicas e membros da realeza europeia, bem como a mais de 500 dignitários internacionais.
O governo britânico está assumindo a liderança na logística, mas se recusou a comentar sobre “acordos de segurança operacional” específicos.
“Tudo terá sido negociado”, disse Morgan, explicando que algumas concessões foram feitas. Simplesmente não há policiais e agentes de proteção suficientes para dar escolta a todos que normalmente a receberiam em uma visita independente.
Portanto, as pessoas estão sendo reunidas em uma base logística”, disse Simon Morgan, que agora administra a empresa de segurança privada Trojan Consultancy, à CNN.
Segundo Morgan, a operação foi criada ainda em 1960, estando sujeita à revisão ao menos três vezes por ano.
“Os elementos são discutidos e, de fato, alguns elementos já foram usados isoladamente”, disse ele, citando o funeral da rainha-mãe em 2002, os casamentos reais e o Jubileu de Platina como exemplos.
Assessores da Casa Branca se recusaram a fornecer detalhes específicos de segurança para a visita do presidente Biden, mas dizem que estão trabalhando com seus colegas britânicos para garantir que as demandas de segurança presidencial sejam atendidas.
O FBI monitorará possíveis fluxos de ameaças e compartilhará qualquer informação com o serviço de segurança do Reino Unido MI5. Quando surgiram informações na semana passada de que os líderes mundiais iriam de ônibus para o funeral, as autoridades americanas ficaram céticas e rejeitaram a sugestão de que Biden viajasse para a Abadia de Westminster em um ônibus.
Em 2018, quando outros líderes mundiais viajaram juntos em um ônibus para um memorial da Primeira Guerra Mundial em Paris, o então presidente dos EUA, Donald Trump, viajou separadamente em seu próprio veículo.
A Casa Branca explicou na época que a viagem separada era “devido a protocolos de segurança”.
Bolsonaro em Londres para despedida da rainha
O rei Charles III recebeu presidentes, primeiros-ministros e monarcas do mundo inteiro no Palácio de Buckingham neste domingo (18), um dia antes do enterro da rainha Elizabeth II. Esta foi uma oportunidade para a Reino Unido ter o novo monarca reconhecido.
O presidente Jair Bolsonaro chegou na manhã de domingo na capital inglesa, visitou o caixão em Westminster Hall e prestou homenagem à rainha.
Na embaixada brasileira, o presidente foi recebido por um grupo de cerca de 100 apoiadores, com bandeiras do Brasil.
Falando da sacada, Bolsonaro afirmou que este é um momento de pesar para o Reino Unido. Ele falou aos apoiadores sobre pontos da campanha eleitoral e afirmou que ganhará o pleito em primeiro turno.
A comitiva do presidente também inclui a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, o ex-secretário de Comunicação do governo Fabio Wajngarten, além dos filhos Flávio Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro.
*Com informações de Lianne Kolirin, Renata Souza, Mariana Janjácomo e Lucas Rocha
FOTOS — Quem são as pessoas que estão na fila para se despedir da rainha
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