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    Último dia de evento sobre cannabis tem debate sobre racismo e promoção da saúde

    Entre 15 e 17 de setembro, Cannabis Thinking apresentou cases de sucesso com a cannabis medicinal; encontro teve participação de mais de 40 especialistas

    Talita Amaralda CNN , São Paulo

    No último dia do evento Cannabis Thinking Legado, que aconteceu entre 15 e 17 de setembro em São Paulo, foram abordados temas como reparação histórica, promoção à saúde e justiça climática. O evento contou com cerca de 40 especialistas nas áreas de educação, meio ambiente, poder judiciário e agricultura para discutir o tema da cannabis.

    A primeira palestra do sábado (17) foi conduzida pelo reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente. “Temos avançado muito na luta contra o racismo e a desigualdade racial e não podemos deixar que essas injustiças contra jovens negros continuem acontecendo. Acredito que as regulações para o cultivo da cannabis podem gerar emprego e renda para a população negra que sofre com criminalização nas periferias”, pontuou.

    Ele apresentou o programa Racismo Zero e falou sobre o potencial do mercado natural para seguir as metas da sustentabilidade corporativa, atualmente representadas pela sigla ESG (Environmental, Social and Governance).

    A planta tem a capacidade de regenerar o solo – ou seja, limpar a terra de materiais tóxicos e devolver o equilíbrio de sua composição – e ainda pode ser aproveitada integralmente. É matéria-prima para a indústria farmacêutica, têxtil, de celulose e da construção civil. Se o cânhamo industrial fosse regulamentado no país, estima-se que levaria a criação de 300 mil empregos.

    No último dia do evento, a assistente social e professora Lucia Cabral falou sobre projetos realizados na favela do Complexo do Alemão que tem melhorado a vida de crianças e adultos da comunidade. “A cannabis, pra mim, significa saúde, por isso precisamos dar um basta nessa guerra contra às drogas que só traz morte ao nosso povo”, enfatizou.

    Segundo ela, depois que ONGs iniciaram um trabalho com crianças portadoras de autismo, ansiedade, depressão, epilepsia, entre outras doenças, muitas famílias voltaram a “se alegrar por seus filhos” e os projetos só crescem.

    O objetivo do encontro foi fazer um apanhado do que há de mais atual no mercado nacional e mundial. As palestras ajudaram o público a dimensionar a amplitude do mercado e ter a oportunidade de conhecer startups finalistas do projeto de aceleração de negócios da The Green Hub, idealizadora do evento.

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