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    Eleições 2022

    Horário eleitoral não alterou resultado das pesquisas, diz cientista política

    Para Luciana Veiga, da Unirio, propaganda no rádio e na TV pode estar reforçando as intenções de voto iniciais

    Carolina Cerqueirada CNN

    O horário eleitoral gratuito não tem alterado os resultados das pesquisas de intenção de voto. É o que disse a cientista política e professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) Luciana Veiga, em entrevista à CNN neste sábado (17).

    A especialista citou as pesquisas do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), comparando os resultados desde o início do horário eleitoral gratuito na rádio e na TV, em 26 de agosto.

    “Essa curva da pesquisa Ipespe dá a sensação de que o início da propaganda eleitoral não serviu para mexer em nada no resultado das pesquisas. A gente está, de fato, numa situação estagnada nestes últimos 15 dias”, disse a cientista política.

    A pesquisa Ipespe divulgada neste sábado mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 45% das intenções de voto, e Jair Bolsonaro (PL), com 35%. Na pesquisa de 31 de agosto, Lula tinha 43%, e Bolsonaro, 35%.

    De acordo com Luciana, antes do início do horário eleitoral, havia uma tendência de diminuição da diferença entre os dois candidatos.

    “Para além desse período, se a gente voltar um a dois meses, percebe que há uma tendência das pesquisas de uma maneira geral de aproximação das intenções de voto de Lula e Bolsonaro. Sempre vai chegando de pouquinho em pouquinho, mas, nesses 15 dias que a pesquisa Ipespe acompanhou, já com o horário eleitoral, a pesquisa mostra tudo muito estagnado”, analisou.

    “Isso faz a gente acreditar que as propagandas talvez estejam mais reforçando as intenções de voto iniciais do que, de fato, alterando alguma coisa no decorrer do processo”, pontuou.

    Luciana ainda avaliou que essa estagnação está antecipando a adoção da estratégia do chamado “voto útil”. “As pessoas estão sentindo que a eleição já está definida entre Lula e Bolsonaro, mesmo estando a 15 dias da eleição, então é natural que esse processo se adiante”, disse.

    Outra consequência é a tendência das campanhas dos dois mais bem colocados nas pesquisas de adotar uma estratégia de críticas ao adversário. Segundo a cientista política, a medida desperta sentimentos negativos de eleitores em relação à eleição.

    “Quando as propagandas têm muitos ataques, a gente pode esperar, em relação ao comportamento das pessoas, é que elas despertem afetividades negativas não só em relação ao outro candidato, mas à eleição de um modo geral”, finalizou.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

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