Por voto útil, campanha de Lula planeja ato em SP com ex-candidatos a presidente
O objetivo é reforçar a ideia de uma frente ampla para viabilizar a ocorrência de um voto útil ainda no primeiro turno
Integrantes da coordenação da campanha de Lula se ocuparam nas últimas horas com uma tentativa de reunir o maior número possível de ex-candidatos a presidente para um ato de apoio ao petista na próxima segunda-feira pela manhã em São Paulo.
O objetivo é reforçar a ideia de uma frente ampla para viabilizar a ocorrência de um voto útil ainda no primeiro turno. Um dos que lideram os contatos é o coordenador do programa de governo, Aloizio Mercadante. A previsão inicial é que ocorra na segunda-feira às 9h30 no escritório político, em Higienópolis.
Foram contatados nas últimas horas por exemplo Henrique Meirelles (candidato pelo MDB em 2018), Cristovam Buarque (candidato pelo PDT em 2006), Luciana Genro (candidata pelo PSOL em 2010) e João Goulart Filho (candidato pelo PPL em 2018). Todos sinalizaram que participarão do ato.
Além deles, a campanha conta já conta no evento com Geraldo Alckmin, candidato em 2018 e que integra como vice a chapa de Lula; Fernando Haddad, candidato em 2018 e um dos principais aliados de Lula; Guilherme Boulos, candidato em 2018 pelo PSOL; e Marina Silva, também candidata pela Rede em 2018.
Petistas e aliados, porém, têm encontrado resistências. José Serra, candidato pelo PSDB em 2002 e 2010, Heloisa Helena, candidata pelo PSOL em 2006, e Eduardo Jorge, candidato pelo PV em 2014, rejeitam qualquer composição para o primeiro turno. Serra e Jorge apoiam Simone Tebet, enquanto Heloisa apoia Ciro Gomes.
À CNN, Serra encaminhou um vídeo no qual rejeitou apoiar Lula no primeiro turno. “Dizer que vou apoiar Lula, ainda mais pelo voto útil, é pura fake news. É o PT sendo PT, que pensa que democracia vale só se for para eles. Minha candidata é Simone, amiga, mulher, honesta e competente”.
Heloisa Helena disse que “alguns apoiam Lula, outros (como eu) apoiam Ciro”. Ela também encaminhou uma resolução da Rede na qual libera os integrantes do partido para apoiarem Lula ou Ciro.
Eduardo Jorge disse à CNN que não foi procurado e que apoia Simone Tebet. Questionado sobre um eventual segundo turno, disse: “Segundo turno é segundo turno”.