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    Eleições 2022

    Na reta final, Lula busca evangélicos e jovens e Bolsonaro eleva críticas ao mensalão e petrolão

    A duas semanas do 1° turno, Ciro foca indecisos no Sul e no Sudeste e Tebet, no eleitorado feminino de baixa renda

    Gustavo Uribe

    Na reta final da campanha eleitoral, há duas semanas para o 1° turno, os quatro principais candidatos à sucessão presidencial definiram estratégias políticas para tentar alavancar os índices de intenção de voto.

    Na liderança, conforme indicam as pesquisas eleitorais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, esboçou plano para tentar avançar sobre o eleitorado de seus principais adversários, num esforço para tentar vencer no 1° turno.

    O foco, segundo dirigentes petistas envolvidas na campanha, será tanto os evangélicos como os jovens. No primeiro grupo, o presidente Jair Bolsonaro, do PL, apresenta larga vantagem com esse eleitor, mas, segundo a última edição do Datafolha, caiu a diferença em relação a Lula, que passou de 23 para 17 pontos percentuais.

    A ofensiva de Lula deve ser principalmente sobre a mulher evangélica de baixa renda que, na avaliação de estrategistas petistas, tem maior preocupação com a situação econômica do país e é contrária à pauta armamentista da atual gestão.

    Em paralelo, o petista planeja intensificar campanha nas redes sociais, com conteúdo principalmente no Instagram e no TikTok, com o intuito de se reaproximar do eleitor jovem.

    A última edição da Genial/Quaest mostrou oscilação negativa de Lula sobre o eleitorado de 16 a 34 anos. E é sobre esse perfil que o candidato do PDT, Ciro Gomes, tem maior índice de intenção de voto.

    Para avançar sobre o eleitorado de Ciro, em busca do chamado “voto útil”, a campanha petista organiza um evento no Anhembi, em São Paulo, com a presença de artistas e cantores para se reaproximar desse eleitorado.

    Já Bolsonaro deve intensificar a campanha de desconstrução da imagem de Lula, antecipando para o 1° turno críticas sobre os escândalos de corrupção dos governos petistas, como o mensalão e o petrolão.

    A ideia é relembrar nos palanques eletrônicos, televisão e rádio, personagens como José Dirceu, Antonio Palocci e Delúbio Soares. O objetivo é tentar aumentar o índice de rejeição de Lula, evitando que a disputa eleitoral seja definida em 2 de outubro, no 1° turno.

    Entre as estratégias estabelecidas para tentar reeleição de Bolsonaro, já na próxima semana, o marketing da campanha pretende explorar imagens da viagem do presidente ao Reino Unido e aos Estados Unidos. O objetivo é fazer um contraponto a Lula e mostrar que Bolsonaro tem diálogo internacional.

    Na equipe à reeleição, há ainda a defesa para que Bolsonaro conceda entrevistas para veículos internacionais, de países como Estados Unidos, Rússia e China. O objetivo é tentar melhorar a imagem do Brasil em resposta à críticas feitas por publicações da União Europeia.

    O candidato do PDT, por sua vez, buscará o eleitorado indeciso. Segundo o Datafolha, o chamado voto volátil representa 21% do total e, quase um quarto dele, tem preferência por Ciro.

    Na tentativa de conquistar o eleitor, o pedetista pretende aumentar sua atuação no Sudeste e no Sul. Segundo pesquisas internas do partido, as duas regiões são as que apresentam maior demanda pela chamada “terceira via”.

    Já a candidata do MDB, Simone Tebet, tentará alavancar a sua intenção de voto sobre a eleitora mulher de baixa renda, que hoje tem preferência pelo candidato do PT. Para isso, a propaganda eleitoral de Tebet deve explorar viagem recente da emedebista ao Nordeste.

    A estratégia é, assim, herdar votos que podem abandonar Lula diante da ofensiva de Bolsonaro para tentar aumentar a rejeição do petista. Na reta final, Simone também pretende conceder entrevistas a programas populares, na tentativa de se aproximar desse perfil de eleitor.

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