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    Cerimônia de coroação de Charles III deve demorar meses; entenda

    Novo monarca do Reino Unido foi proclamado soberano oficial do trono no último sábado (10), dois dias após a morte da rainha Elizabeth II

    Renata Souzada CNN , em São Paulo

    Os britânicos devem esperar meses até a cerimônia de coroação de seu novo monarca, como manda a tradição. Charles III tornou-se rei imediatamente após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II, e foi proclamado oficialmente Soberano do trono britânico após dois dias, no último sábado (10).

    “Ao assumir essas responsabilidades, me esforçarei para seguir o exemplo inspirador que me foi dado ao defender o governo constitucional e buscar a paz, a harmonia e a prosperidade dos povos dessas Ilhas e dos Reinos e Territórios da Commonwealth em todo o mundo”, declarou o rei durante a proclamação.

    A solenidade ocorreu no Palácio de St. James, em Londres, sob a autoridade do Conselho de Adesão. Estavam presentes todos os ex-primeiros ministros britânicos vivos, além da atual premiê, Liz Truss, o príncipe William, a rainha consorte e outras autoridades.

    Já a cerimônia de coroação –uma ocasião de “pompa e celebração”, como define o site oficial da realeza– ocorre meses após a morte da monarca, depois do período do luto e com tempo suficiente para a preparação do evento.

    Na ocasião, reúnem-se representantes das Casas do Parlamento, Igreja e Estado. A cerimônia é realizada pelo arcebispo de Cantuária, o clérigo mais graduado da Igreja da Inglaterra, na Abadia de Westminster.

    O novo monarca é apresentado pela primeira vez ao povo e aclamado pelas pessoas. Em seguida, ele faz o juramento. O rei é então “ungido, abençoado e consagrado” pelo arcebispo, enquanto está sentado na cadeira do rei Eduardo –feita em 1300 e usada por todos os soberanos desde 1626.

    Depois, o arcebispo coloca a Coroa de Santo Eduardo na cabeça do novo rei, recebe homenagens e então é celebrada a Sagrada Comunhão.

    A esposa do rei, Camilla Parker Bowles, também deve ser coroada rainha consorte, em uma cerimônia semelhante, mas mais simples.

    Coroação da rainha Elizabeth II

    Da última vez que o Reino Unido assistiu à coroação de um monarca, em 2 de junho de 1953, passaram-se quase quatro meses entre a morte do antigo rei, Jorge VI, e a celebração à nova rainha, Elizabeth II.

    Coroação da rainha Elizabeth II, em 1953 / Site oficial da realeza britânica

    O agora rei Charles foi o primeiro filho a testemunhar a coroação de sua mãe. A princesa Anne não compareceu à cerimônia por ser considerada muito jovem.

    Ao todo, 8.251 convidados participaram das cerca de três horas de investidura. Dentre o público, havia também representantes oficiais de 129 nações e territórios.

    A coroação foi a primeira ser televisionada, levando 27 milhões dos 36 milhões de habitantes do Reino Unido a assistirem à solenidade.

    O juramento da rainha Elizabeth II

    O arcebispo iniciou o juramento perguntando à rainha:

    Senhora, Vossa Majestade está disposta a fazer o Juramento?

    E a rainha respondeu: Estou disposta.

    O arcebispo: Você promete solenemente e jura governar os Povos do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, União da África do Sul, Paquistão e Ceilão, e de suas Posses e dos outros Territórios a algum deles pertencente ou pertencente, de acordo com suas respectivas leis e costumes?

    A rainha: Prometo solenemente fazê-lo.

    O arcebispo. Você fará com que a Lei e a Justiça, na Misericórdia, sejam executadas em todos os seus julgamentos?

    A rainha: Eu vou.

    O arcebispo: Você manterá o máximo de seu poder as Leis de Deus e a verdadeira profissão do Evangelho? Você vai manter o máximo de seu poder no Reino Unido a Religião Protestante Reformada estabelecida por lei? Você manterá e preservará inviolavelmente o estabelecimento da Igreja da Inglaterra e sua doutrina, adoração, disciplina e governo, conforme a lei estabelecida na Inglaterra? E você preservará para os bispos e clérigos da Inglaterra, e para as igrejas lá confiadas a sua responsabilidade, todos os direitos e privilégios que por lei fazem ou devem pertencer a eles ou a qualquer um deles?

    A rainha: Eu vou.

     

    *Com informações de Marina Toledo, da CNN, e Michael Holden e Kate Holton, da Reuters

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