Proposta da Amazon para encerrar processo antitruste da UE é fraca, dizem ONGs
"Ele é fraco, vago e cheio de brechas, deixando muito espaço para evasão e abuso por parte da Amazon", disse o grupo
O plano da Amazon de cessar certas práticas de vendas e marketing online, e tentar evitar multas da União Europeia, deve ser rejeitada porque é fraca e cheia de brechas, disseram organizações não governamentais aos reguladores do bloco.
As críticas do grupo, que inclui o LobbyControl, o Centro de Pesquisa em Corporações Multinacionais, a Câmara Federal Austríaca do Trabalho e a União Europeia de Serviços Públicos, ecoaram as do grupo de consumidores europeu BEUC.
“Ele é fraco, vago e cheio de brechas, deixando muito espaço para evasão e abuso por parte da Amazon. Além disso, a proposta de limitação desses compromissos a cinco anos, ou mesmo qualquer horizonte de tempo, é injustificável”, disse o grupo.
A Amazon não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O grupo de ONGs instou a Comissão Europeia a forçar a empresa a separar seu mercado de suas operações de varejo e logística, a fim de abordar preocupações sobre seu domínio e controle sobre serviços.
As ONGs disseram que a oferta também fica abaixo dos requisitos mais rígidos impostos pelas regras tecnológicas que entrarão em vigor no próximo ano.
A Amazon deve concordar em não acessar os dados dos vendedores e não apenas parar de usá-los, enquanto a eficácia de uma segunda caixa de compra em seu site deve ser testada por pesquisadores independentes, disse o diretor de assuntos jurídicos e econômicos do BEUC, Agustin Reyna, à Reuters.
A gigante do varejo online disse que tratará os vendedores igualmente ao classificar suas ofertas para a “caixa de compra” em seu site que gera a maior parte de suas vendas.
Também criará uma segunda caixa de compra para um produto rival, se diferir muito em preço e entrega do produto na primeira caixa.