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    Com morte da rainha, grupos pró-independência podem ganhar força, diz professor

    Klaus Guimarães, professor de Relações Internacionais da UFSC disse à CNN que isso acontece por conta da baixa popularidade de Charles III

    Ingrid OliveiraBeatriz Cripada CNN

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (12), Klaus Guimarães, professor de Relações Internacionais da UFSC, disse que com a morte da rainha Elizabeth II, será possível ver nos próximos dias movimentos de independência de alguns países em relação à coroa britânica.

    Isso ocorre por conta da baixa popularidade de Charles III, disse Guimarães.

    “É possível que vejamos, nos próximos dias, um aumento da popularidade do rei Charles III, porque ele é menos popular do que sua mãe era. Mas, a longo prazo, ele tem vários desafios ligados a manter a estabilidade e a relevância da monarquia, algo que sua mãe fez com maestria”.

    “É possível que vejamos um fortalecimento de movimentos republicanos não só no próprio Reino Unido, mas também na comunidade de países da Commonwealth — Comunidade das Nações, composta por 53 países membros independentes, mas que, com exceção de Moçambique e Ruanda, faziam parte do Império Britânico”, disse.

    “A própria Escócia, em anos recentes, acabou permanecendo na união, mas, com a morte da rainha Elizabeth II, talvez esses novos movimentos de independência voltem a ganhar força”, afirmou Guimarães.

    “Em cada um desses casos, devem variar as regras constitucionais quanto a facilidade ou dificuldade de fazer esses movimentos de libertação republicana da coroa como chefe de Estado”.

    rainha Elizabeth II morreu na última quinta-feira (8) na Escócia, aos 96 anos. A monarca tornou-se a sexta mulher a ascender ao trono britânico, em fevereiro de 1952, após a morte de seu pai, o rei George VI. Foi a rainha mais velha de todos os tempos somando 70 anos de reinado.

    O então príncipe Charles se tornou imediatamente rei após a morte da mãe. A proclamação oficial da ascensão aconteceu no início da manhã do sábado (10) em uma cerimônia do Conselho de Adesão no Palácio de St. James, em Londres.

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