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    Eleições 2022

    Estados têm “veteranos” que acumulam mais de cinco disputas pelo governo

    Ex-governadores com mais de cinco eleições disputadas tentam voltar ao cargo no Amazonas, no Paraná e em Santa Catarina

    Leonardo Rodriguesda CNN , em São Paulo

    As eleições para os governos estaduais costumam ter poucas novidades. Desde 1998, mais de 70% dos governadores conseguiram se reeleger. No pleito deste ano, três de cada quatro governadores tentam a recondução ao cargo.

    Nos estados do Amazonas, Paraná e Santa Catarina, os eleitores terão como opção rostos que já se repetiram nas urnas ao menos cinco vezes. São ex-governadores que tentam voltar ao cargo — um deles faz a sétima tentativa.

    Um levantamento da CNN nos estados mostra quem são os “campeões” de candidaturas a governador. Confira abaixo.

    Amazonino Mendes (Cidadania-AM)

    O político de 82 anos trocou oito vezes de partido e venceu a eleição para governador em quatro oportunidades, a maior marca entre os “campeões” de candidaturas neste ano.

    Eleito governador em 1986, deixou o posto em abril de 1990 para se lançar, com êxito, ao Senado. Na época, a reeleição ainda não era permitida.

    Com o intervalo de um mandato, voltou ao cargo em 1994, pelo PPR. Quatro anos mais tarde, nas primeiras eleições gerais com a possibilidade da reeleição, foi reconduzido.

    Em 2006, concorreu novamente, mas foi derrotado.

    Em 2017, com a cassação da chapa do ex-governador José Melo (Pros), o estado promoveu eleições suplementares. Amazonino derrotou o ex-governador Eduardo Braga (MDB) em segundo turno, no que parecia “antecipar” o pleito de 2018.

    Ao tentar a reeleição, porém, o enfrentamento não se repetiu, e o político teve como sucessor o governador Wilson Lima (União), eleito na onda bolsonarista. Neste ano, ele volta a enfrentar Eduardo Braga e o atual governador.

    Eduardo Braga (MDB-AM)

    Nas eleições deste ano, o senador reedita com Amazonino Mendes um confronto que ocorreu não só nas eleições suplementares de 2017, mas em 1998 e 2006. Amazonino venceu o duelo em 1998 e em 2017, mas foi derrotado em 2006. Braga tenta o empate neste ano.

    Hoje desafetos, eles dividiram chapa nas eleições municipais de 1992. Eleito vice, Braga assumiu a Prefeitura de Manaus justamente quando Amazonino renunciou para tentar a candidatura estadual.

    No MDB há 18 anos, Braga ocupou ainda os cargos de senador, ministro de Minas e Energia, deputado federal e estadual pelo Amazonas. Entre 2003 e 2010, governou o estado.

    Nas cinco vezes em que concorreu ao Palácio Rio Negro, elegeu-se no primeiro turno em 2002 e 2006 e esteve no segundo turno nas outras oportunidades.

    Roberto Requião (PT-PR)

    Outro veterano em disputas estaduais, Roberto Requião foi eleito governador do Paraná em 1990, 2002 e 2006.

    Diferentemente dos demais, ele não enfrenta um adversário histórico em 2022. Seu principal opositor é o candidato à reeleição, Ratinho Júnior (PSD), que pleiteou o cargo pela primeira vez em 2018.

    Nas cinco vezes em que concorreu, Requião derrotou José Carlos Martinez (PRN), Álvaro Dias (então no PDT) e Osmar Dias (PDT) em segundo turno e foi derrotado por Jaime Lerner (PFL) e Beto Richa (PSDB), ainda na primeira fase da disputa.

    Neste ano, deixou o MDB, partido pelo qual militou por mais de três décadas, para se candidatar ao Palácio do Iguaçu pelo PT.

    Esperidião Amin (PP-SC)

    Dono da mais longeva trajetória na disputa pelo governo de Santa Catarina, Esperidião Amin se candidatou ao cargo pela primeira vez em 1982 quando foi eleito pelo PDS.

    Dezesseis anos depois, em 1998, Amin concorreu novamente e triunfou em primeiro turno, retornando ao Executivo local. Não foi reeleito em 2002 e ainda pleiteou o cargo na eleição seguinte, em 2006. Perdeu as duas em segundo turno, antes de retornar à disputa neste ano.

    Além de governador, Amin foi prefeito da capital, Florianópolis, deputado federal e é senador pelo estado.

    Fotos — Os senadores e as senadoras em fim de mandato

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