Lula critica ONU, e Bolsonaro vai ao TSE contra ex-presidente por fala sobre KKK
Ciro Gomes (PDT) reage à fala de Lula; Simone Tebet (MDB) promete acabar com sigilos, se eleita
Os candidatos à Presidência da República que pontuam no agregador de pesquisas CNN/Locomotiva cumpriram compromissos de campanha nesta sexta-feira (9). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, criticou a Organização das Nações Unidas e pediu por mais “representatividade” dentro do Conselho de Segurança.
“A geopolítica mundial da Segunda Guerra não existe mais, é preciso colocar mais países no Conselho de Segurança. Não tem nenhum país africano, da América Latina, Não está Alemanha, Índia, Nigéria, precisa colocar mais gente, pode entrar o Brasil, o México, precisa ter mais representatividade. Em 1948, a ONU teve força para criar o Estado de Israel e hoje não tem força para criar o Estado Palestino. Se ela tivesse força, teria impedido a Guerra da Ucrânia. […] O Brasil não pode viver nesse isolamento que está hoje, precisa ser protagonista”, disse.
Jair Bolsonaro (PL) cumpriu agenda no Maranhão e Tocantins. Por meio das redes sociais, o presidente comentou a fala de Lula sobre os atos de 7 de Setembro, na qual comparou os apoiadores do presidente ao grupo extremista norte-americano Ku Klux Klan.
“Parece que o ex-presidiário se sentiu excluído após esse vídeo. Em resposta, chamou o povo de ‘cuscuz clã’, talvez porque assistiu a milhões de brasileiros vestindo amarelo”, escreveu o presidente.
Ciro Gomes (PDT) também comentou a fala do petista, que classificou como “grave” e “desrespeitosa”.
“Chamar indistintamente uma plateia, mesmo que de seguidores frenéticos, de membros da Ku Klux Klan, é tão grave e desrespeitoso quanto chamar alguém de nazista. Mas como desculpa e autocrítica não cabem na boca dessa falsa divindade [Lula], tudo vai ficar por isso mesmo”, escreveu.
Simone Tebet (MDB) visitou o Hospital de Base São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e comentou que, se eleita, irá acabar com os sigilos no Brasil.
“Primeira canetada: todos os ministros vão estar lá obrigados a colocar no Portal da Transparência todo o recurso do orçamento secreto, de cartão corporativo. Não vai ter sigilo no Brasil, salvo os casos de soberania nacional, de segurança nacional das Forças Armadas”, disse.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.