O que é zerésima e qual sua importância para a segurança da votação
Documento é impresso antes do início da eleição e tem como função mostrar que as urnas não computaram votos antecipadamente
Antes da abertura das seções eleitorais no Brasil ocorre um procedimento que é um dos mais importantes para o processo de votação: a emissão da zerésima.
Para entendê-lo, é importante conhecer primeiro o conceito dos Boletins de Urnas, que são impressões que o equipamento faz tanto antes quanto depois da votação.
Através do boletim, é possível confirmar a lisura do processo e também a quantidade de votos que cada candidato obteve.
A zerésima é justamente o primeiro boletim de urna impresso antes da liberação das urnas para os eleitores.
Essa impressão é feita pelo presidente da seção eleitoral e tem o objetivo de garantir que aquela urna específica não computou nenhum voto para nenhum político antes da eleição.
Só depois do procedimento é que as urnas estarão habilitadas para receber votos.
O processo é acompanhado pelos mesários que atuam em cada seção eleitoral e pelos fiscais dos partidos políticos.
Na sequência, todos precisam assinar o documento. Cada seção pode ter até seis mesários nomeados pelo juiz eleitoral.
Saiba mais sobre o boletim a seguir.
O que é zerésima?
A zerésima é um relatório emitido pelas urnas eletrônicas antes do início de um processo eleitoral no Brasil para garantir a segurança das votações.
O objetivo é comprovar que não há nenhum voto computado nos equipamentos. Para isso, o documento apresenta toda a identificação da urna.
Essa identificação mostra que todos os candidatos estão devidamente registrados na urna e que nenhum deles recebeu votos.
A impressão da zerésima é uma responsabilidade do presidente de cada seção eleitoral e o processo é acompanhado pelos mesários, bem como pelos fiscais dos partidos ou coligações.
Para atestar a emissão do documento, todos os presentes devem assiná-lo. A votação só pode ser iniciada após a conclusão dessa etapa.
Como a zerésima funciona?
Esse boletim é emitido automaticamente pelas urnas de cada seção eleitoral ao redor do Brasil, comprovando que o equipamento está “zerado” e que os candidatos estão registrados corretamente.
O processo é realizado logo após a ligação das urnas, que normalmente acontece depois das 7h (horário de Brasília), para garantir que os equipamentos estejam aptos a receber votos a partir das 8h, horário em que as seções são abertas aos eleitores.
Assim que o relatório é emitido e assinado pelos presentes, a zona eleitoral pode ser liberada para o início da votação.
Esse relatório fica disponível na seção eleitoral para que possa ser acessível a todos os eleitores, garantindo a transparência da votação.
A zerésima é segura?
Essa é uma das etapas de segurança do processo eleitoral, realizada antes de o primeiro eleitor dirigir-se à urna.
Essa é uma operação eletrônica, que não recebe interferência manual para gerar o relatório.
Como o documento é automaticamente gerado pela urna, ele apresenta todos os dados nela registrados até aquele momento.
Além disso, a emissão do documento deve ser acompanhada por mesários, fiscais e autoridades, aumentando a segurança do processo.
A importância da zerésima para o sistema eleitoral brasileiro
A impressão do relatório é importante para comprovar que a urna está “zerada”, ou seja, sem nenhum voto contabilizado antes da votação.
Isso garante a lisura e a transparência do processo eleitoral brasileiro. A presença de representantes dos partidos, além de autoridades eleitorais, também serve para dar transparência.
Essa é uma ação fundamental para verificar se existe algum tipo de defeito na urna, bem como para evitar fraudes na votação.
Para entender o que é zerésima e como o processo contribui para a segurança eleitoral, é importante saber que a urna passa por diversas auditorias com o objetivo de evitar fraudes, manter a transparência e garantir o sigilo de voto.
Além do relatório emitido para assegurar que não existem votos computados na urna, também são gerados os Boletins de Urnas, conhecidos como BUs.
Esses documentos são expedidos após o encerramento das votações e trazem as informações registradas pelas urnas de cada seção ao longo do dia, como:
- total de votos brancos e nulos;
- total de votos apurados por cargo;
- relação de eleitores aptos a votar na seção;
- total de eleitores que votaram e total de faltantes;
- data e hora do início e do encerramento da votação;
- votação individual por candidato, partido e por legenda partidária.
A urna ainda emite uma sequência de caracteres para validar o boletim gerado, bem como um QR Code, que confirma a autenticidade do documento e comprova que ele foi emitido por uma urna eletrônica verdadeira.
Com esses dados, é feita a contagem de votos.
Ao final de uma votação, o presidente da seção eleitoral deve digitar a senha que fecha a urna e impede o recebimento de mais votos.
Neste momento, ele imprime cinco boletins de urnas que contabilizam todos os votos que o equipamento recebeu, devidamente criptografados e embaralhados, para que se preserve o sigilo do voto.
Os boletins são, então, distribuídos para representantes dos partidos e para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Um deles é fixado na seção para dar publicidade aos resultados.
O ato de não emissão dos boletins é considerado crime pelo Código Eleitoral, exceto em casos de defeitos na urna.
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Resumo
Apesar de ser um processo muito importante, vários eleitores não sabem o que é zerésima e como o documento funciona na prática.
Para atestar a segurança das urnas eletrônicas, o Brasil adota diversas ações com o objetivo de manter a transparência e evitar problemas no processo eleitoral.
A impressão do documento é uma das primeiras etapas de segurança, realizada logo após a ligação das urnas.
O relatório tem a função de comprovar que não há votos registrados na urna para nenhum dos candidatos antes do início da votação.
Quem fica responsável por emitir o documento é o presidente de cada seção eleitoral, mas o processo também é acompanhado pelos mesários e pelos fiscais de partidos ou coligações.
Além disso, o impresso é fixado na seção, permitindo que todos os eleitores possam conferi-lo e garantindo assim maior transparência ao processo eleitoral.
Aliado aos Boletins de Urna e outras camadas de segurança implementadas no software das urnas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o processo é um ponto de segurança essencial nas eleições.
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