Ronnie Lessa é condenado a 13 anos de prisão por venda ilegal de armas
Em 2019, quando foi preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, a polícia apreendeu 117 peças de fuzis na residência onde foi encontrado
Preso desde 2019 pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o policial militar reformado Ronnie Lessa foi condenado pela acusação de comércio de arma de fogo por conta de 117 peças de fuzis apreendidas no dia de sua prisão, há três anos. A pena foi estabelecida em 13 anos e 6 meses de prisão.
Na decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), as “circunstâncias, motivos e consequências” do crime foram qualificadas como “extremamente” gravosas.
As peças que detinham Lessa contribuem em tornar vulnerável a “incolumidade pública, trazendo grande temor e insegurança social para nosso Estado, já tão afetado pela atuação da milícia e do narcotráfico, principais destinatários dos objetos arrecadados”, diz outro trecho.
A decisão ressalta ainda que o caso se tornou a maior apreensão de fuzis no estado do Rio de Janeiro.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) confirmou que obteve a condenação através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ).
Alexandre Motta de Souza, que também havia sido denunciado pelo MP como proprietário da residência em que foram encontradas as armas, foi absolvido pela Justiça.
A CNN entrou em contato com a defesa de Ronnie Lessa e aguarda retorno.
Pela acusação de assassinato da vereadora, o PM reformado enfrentará júri popular.