Lula diz que conversará sobre guerra na Ucrânia, e Bolsonaro critica veto de celular na cabine de votação
Ciro Gomes (PDT) fala de relação entre Poderes; e Simone Tebet (MDB) critica atuação de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República
Na véspera da celebração do bicentenário da Independência, os quatro candidatos que pontuam na pesquisa, segundo o agregador de pesquisas CNN/Locomotiva, cumpriram agendas ao redor do país.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve reunião da coordenação de sua campanha, em São Paulo, e afirmou que, se eleito, pretende conversar com Rússia e Ucrânia pelo fim da guerra.
“Se a gente ganhar e a guerra não tiver acabado, nós vamos conversar com eles e dizer que guerra não interessa a ninguém, apenas aos vendedores de armas, e nós queremos vender cultura, livros, comida à humanidade”, disse.
Ele ainda afirmou que em seu eventual governo, receberá “todo mundo” no Brasil e visitará o mundo.
“Vamos receber o mundo aqui dentro e vamos visitar o mundo, porque é preciso que, neste mundo globalizado, a gente faça política internacional com muita grandeza e com muito respeito”, afirmou.
Jair Bolsonaro (PL) participou, na parte da manhã, da sabatina da Jovem Pan, onde criticou o veto do Tribunal Superior Eleitoral sobre o uso de celulares nas cabines de votação.
“Então essas medidas que o TSE vem tomando, como o celular. Por quê reter o celular? Não tem o título de eleitor no celular? Vai ser detido? Ué, mas não tem uma lei que diz que não pode deter ninguém nesse período antes das eleições a não ser em flagrante delito? Por que vai ser detido se está filmando ali?”, disse Bolsonaro.
Na mesma entrevista, ele disse que os manifestantes que levantam placas com pedidos por um novo AI-5 devem ser instruídos a não passar “papel de ridículo”.
“O que é liberdade de expressão? No passado, o pessoal levantava a placa AI-5. Existe ato institucional no Brasil? Então quem levanta um cartaz desse aí não tem que ser investigado, tem que ser chamado a um conselho: ‘pô, não passe papel de ridículo, não faça isso’”, relatou.
Ciro Gomes (PDT), à RedeTV, criticou as intervenções do STF sobre as ações de Bolsonaro e afirmou que “todo mundo” invade a competência de Bolsonaro porque “ele não tem mais autoridade”.
“O Brasil vive uma espécie de Babel institucional e a culpa e a responsabilidade disso, só quem pode consertar isso, é o chefe de Estado, é o presidente da República. Se você, presidente da República, tem filho ladrão, ou você mesmo tem contas a ajustar com a justiça, você não tem mais poder, não tem mais autoridade, e aí todo mundo invade”, disse.
Simone Tebet (MDB) se reuniu com a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), em Brasília, e, na ocasião, criticou o trabalho do procurador-geral da República, Augusto Aras.
“[Aras] Senta em cima dos processos de investigação da classe política”, disse a candidata.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos — Os candidatos e as candidatas a vice em 2022
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