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    Eleições 2022

    Ministro alega “liberdade de expressão” sobre suposto vídeo de Lula com bebida

    Advogados do ministro das Comunicações afirmam ainda que não se trata de um caso que se pode comprovar a informação falsa

    Rodrigo VasconcelosEduardo Hahonda CNN , Brasília

    A defesa do ministro das Comunicações, Fábio Faria, protocolou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda-feira (5), manifestação diante da ação movida pela coligação Brasil da Esperança, da qual faz parte o Partido dos Trabalhadores (PT). A chapa do candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva pede a remoção de vídeos nas redes sociais que insinuam suposta ingestão de bebida alcoólica durante atos de campanha.

    Faria compartilhou o vídeo acompanhado do comentário “Deprimente! #51”, fazendo referência a uma marca de cachaça específica. Os advogados do ministro pedem para que a ação da coligação de Lula seja considerada improcedente. Caso o TSE discorde da manifestação da defesa, eles solicitam para que não seja aplicada a multa prevista na lei eleitoral.

    Os advogados apontam a liberdade de expressão com argumento para sustentar o pedido enviado à relatora, ministra Cármen Lúcia. Na manifestação, eles alegam que isso “garante ao eleitor um espaço de debate público apto para o exercício pleno de escolha de seu candidato”.

    A defesa de Faria afirma ainda que o vídeo não pode ser deletado das redes sociais, por não ser o caso de informação comprovadamente falsa.

    “Não será toda notícia cuja veracidade não possa ser, de plano, confirmada, que deverá ser removida, sob o pretexto de configuração de fake news, sobretudo diante das notórias divergências quanto à configuração das chamadas notícias falsas. Humor, críticas ásperas e anedotas, por exemplo, rotineiramente são equivocadamente equiparadas a notícias falsas”, avaliam os advogados no ofício.

    Esta é uma de 15 ações por propaganda irregular em razão de desinformação na internet movidas pela Coligação Brasil da Esperança. Uma delas envolve o conteúdo no qual Lula toma água diretamente de uma garrafa e o vídeo insinua que ele estaria se alcoolizando durante seus discursos nos atos de campanha. Em outra ação, a campanha de Lula questiona vídeo editado que dá a entender que Lula teria “agradecido o coronavírus”.

    Há ainda falas envolvendo o Pix, o 13º salário, trabalhadores de aplicativos de entrega e até mesmo o kit do Ministério da Educação voltado à educação sexual (que ficou conhecido pejorativamente como “kit gay” e que foi amplamente divulgado nas eleições de 2018 contra o então candidato do PT e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad).

    As ações pedem a derrubada de mais de 200 publicações nas plataformas Twitter, Facebook, Instagram, Kwai, Gettr, YouTube, TikTok, Telegram e em sites diversos.

    Em nota, os escritórios Aragão e Ferraro Advogados e Zanin Martins Advogados afirmaram que o conjunto de vídeos apresentados “revela que há um grande movimento coordenado de grupos e apoiadores do candidato à reeleição Jair Bolsonaro para disseminação de notícias falsas, com o claro intuito de influenciar as eleições deste ano”.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

    Com informações de Gabriela Coelho e Gabriel Hirabahasi

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