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    Rússia adia reabertura do gasoduto Nord Stream 1 após “necessidade de reparos”

    Estrutura é uma das principais rotas de abastecimento de gás para a Europa e deveria voltar a funcionar neste sábado após manutenção

    Da Reuters

    A Rússia adiou a reabertura do gasoduto Nord Stream 1, prevista para sábado (3), após afirmar ter descoberto uma falha durante a manutenção, aprofundando as dificuldades da Europa em garantir combustível para o inverno. A estrutura é uma das principais rotas de abastecimento para a região.

    O Nord Stream 1, que corre sob o Mar Báltico para abastecer a Alemanha e outros países, deveria retomar a operação após uma parada de três dias para manutenção. Porém, a Gazprom, empresa estatal com monopólio das exportações de gás da Rússia via gasoduto, disse nesta sexta-feria (2) que não poderia mais fornecer um prazo para reiniciar as entregas depois de encontrar um vazamento de óleo que comprometeria a segurança da operação.

    Moscou culpou as sanções impostas pelo Ocidente depois que a Rússia invadiu a Ucrânia por dificultar as operações de rotina e manutenção do Nord Stream 1. A União Europeia (UE), por sua vez, afirmou que isso seria um pretexto, e o gás estaria sendo utilizado como “arma econômica” como forma de retaliação.

    A chefe da Comissão da União Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o bloco deve impor um teto de preço ao gás de gasoduto russo para frustrar o que ela disse serem as tentativas do presidente russo, Vladimir Putin, de manipular o mercado.

    Os preços do gás dispararam, prejudicando a indústria e os lares europeus. O primeiro motivo para esse movimento é a recuperação da demanda após a pandemia. Além disso, o aumento nos valores foi acentuado com crise da Ucrânia.

    “Vemos que o mercado de eletricidade não funciona mais, porque foi massivamente interrompido devido às manipulações de Putin”, disse Von der Leyen, acrescentando que um teto de preço do gás no fornecimento de gasodutos russos poderia ser proposto em nível europeu.

    O ex-presidente russo Dmitry Medvedev advertiu que Moscou interromperia o fornecimento para a Europa se a UE impusesse tal limite.

    Crise na distribuição de gás

    Entregas reduzidas via Nord Stream, juntamente com menores fluxos de gás via Ucrânia, outra rota importante, deixaram os Estados europeus em uma situação delicada para o inverno e levaram muitos países a acionar planos de emergência que podem resultar em racionamento de energia.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, havia dito que poderia haver mais interrupções via Nord Stream 1.

    “Não é culpa da Gazprom que os recursos estejam faltando. Portanto, a confiabilidade de todo o sistema está em risco”, observou Peskov.

    O presidente-executivo da Gazprom, Alexei Miller, explicou na quarta-feira (31) que as sanções implicavam que Siemens Energy ENR1n.DE, fornecedora de equipamentos de dutos, não poderia realizar manutenção regular.

    A Siemens Energy, que normalmente atende turbinas Nord Stream 1, informou que não estava envolvida nos trabalhos de manutenção que estão sendo conduzidos pela Gazprom. Ele também disse estar pronta para ajudar se necessário e que a manutenção foi excluída das sanções.

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