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    Itamaraty busca distensionar relação com Chile

    Nos últimos dias, presidentes Jair Bolsonaro e Gabriel Boric trocaram críticas em declarações públicas

    Caio Junqueira

    O Itamaraty optou pelo silêncio para tentar distensionar a relação com o Chile depois de o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter dito que Gabriel Boric queimava metrôs e o presidente chileno ter defendido em entrevista à revista “Time” que a América Latina precisa se unir caso haja um golpe de estado no Brasil.

    Na semana passada, o embaixador do Brasil em Santiago, Paulo Roberto Soares Pacheco, foi chamado pelo governo chileno para prestar esclarecimentos e, segundo fontes da diplomacia brasileira. a conversa foi rápida. Nela os chilenos teriam expressado contrariedade e entregado uma nota neste sentido. Na diplomacia, uma nota registra que houve uma queixa formal. É um estágio além de uma simples reclamação verbal.

    Após esse encontro, a ideia do comando da diplomacia é não mais tratar do assunto. A leitura interna no Itamaraty é de que os dois países enfrentam contextos internos polarizados –o Chile vota a Constituição neste domingo e o Brasil está em processo eleitoral– o que acaba tensionando suas lideranças.

    Também há uma percepção de que é preciso evitar a chamada diplomacia de microfone, quando os países manifestam suas posições sobre outros em entrevistas e declarações.

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