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    PGR apoia estender inquérito que investiga fala de Bolsonaro sobre vacina e Aids

    Para a vice-procuradora-geral, prazo extra de 60 dias para diligências colabora para “melhor detalhamento sobre o cenário”

    Gabriel HirabahasiRodrigo Vasconcelosda CNN , em Brasília

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a prorrogação do inquérito que apura a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL), após fala em que relaciona a vacina contra a Covid-19 à Aids durante uma live. Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (29), a PGR apoia o prazo extra de 60 dias pedido pela Polícia Federal (PF).

    No ofício, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, argumenta que as diligências pedidas pela PF com o prazo prorrogado colaboram para “melhor detalhamento sobre o cenário fático e suas circunstâncias, notadamente com as razões e eventuais novos elementos de prova a serem apresentados pelo Presidente da República a respeito dos fatos investigados”.

    A Polícia Federal pediu ao STF, neste mês, a prorrogação da investigação para que fossem finalizadas as diligências — entre elas, a oitiva de Bolsonaro ao fim da apuração.

    Segundo a delegada que conduz o inquérito, identificou-se “a ocorrência de manipulações e distorções dos conteúdos das publicações que serviram de base para os temas propagados pelo Presidente da República”, com base em relatórios e depoimentos de testemunhas.

    O inquérito policial contra Bolsonaro foi aberto em fevereiro deste ano. A PF apura se o presidente cometeu crime de pandemia, infração de medida sanitária preventiva e incitação à prática de crime. A medida atende a um processo aberto no STF em dezembro do ano passado.

    A investigação diz respeito à live feita pelo presidente em 21 de outubro do ano passado, quando leu o que seria uma notícia de que vacinados contra Covid-19 estavam desenvolvendo a síndrome da imunidade adquirida – Aids.

    Ainda na mesma live, o presidente disse, adotando o que seria um estudo do médico Anthony Fauci, dos Estados Unidos, que as vítimas da gripe espanhola não morreram de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara.

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