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    Dívida Pública Federal cai 0,7% e chega a R$ 5,8 trilhões em julho

    Segundo o Tesouro, a variação negativa da DPF foi influenciada pelo resgate líquido de R$ 81,62 bilhões neutralizado pela apropriação positiva de juros em R$ 40,5 bilhões

    Elis Barretoda CNN , em Brasília

    A Dívida Pública Federal (DPD) do Brasil apresentou queda de 0,7% em termos nominais, e chegou a R$ 5,8 trilhões no mês de julho. Em junho, o valor da DPF era de R$ 5,84 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pela secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia.

    Segundo a secretaria, “o mês de julho foi marcado por ambiente de aversão ao risco no exterior, refletindo incertezas quanto à inflação e crescimento globais.”

    Ainda de acordo com o Tesouro, a variação negativa ocorreu principalmente por conta do resgate líquido de R$ 81,62 bilhões que foi neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 40,5 bilhões.

    A DPF, que inclui o endividamento interno e externo do governo federal, é a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, que arrecada menos do que gasta.

    O custo médio das emissões apresentou aumento, passando para 12,09% ao ano em julho. Entretanto, o custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses reduziu para 10,76% ao ano em julho, frente aos 10,9% ao ano registrados em junho.

    Tesouro Direto

    No Tesouro Direto, as emissões líquidas no mês de junho totalizaram R$ 1,74 bilhão, como resultado das vendas de R$ 4,01 bilhões e resgates de R$ 2,27 bilhões.

    De acordo com o documento do Tesouro Nacional, o título mais demandado pelos investidores permanece sendo o Tesouro Selic, que respondeu por 49,4% do montante vendido. A taxa Selic está atualmente em 13,75% ao ano.

    Queda na reserva de liquidez

    A Reserva de Liquidez da Dívida Pública reduziu 3,58% em termos nominais, passando de R$ 1,2 trilhão em junho para R$ 1,17 trilhão em julho. De acordo com o documento, “a reserva de liquidez (ou colchão) da dívida pública corresponde as disponibilidades de caixa destinadas exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo em caixa dos recursos oriundos da emissão de títulos.”

    Apesar da queda, o Tesouro afirma que a posição da Reserva “permanece significativamente acima do limite prudencial de 3 meses para a Reserva de Liquidez, que em julho/22 equivale a R$ 505 bilhões, permitindo ao Tesouro flexibilidade na execução da estratégia de financiamento.”

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