Justiça decreta prisão de 4 jovens por envolvimento em morte de ambientalista
Corpo foi encontrado com sinais de asfixia e polícia descarta morte acidental por afogamento
A justiça decretou, nesta quarta-feira (24), a prisão temporária de quatro jovens pelo envolvimento na morte do ambientalista Adolfo Souza Duarte, conhecido como Ferrugem, que desapareceu na represa Billings, em São Paulo, após cair de uma embarcação. Exames apontaram sinais de asfixia na vítima.
Foram cinco dias de buscas até o corpo ter sido encontrado pelo Corpo de Bombeiros. Adolfo, de 41 anos, estava desaparecido desde o último dia 1º de agosto. A Polícia investigava o caso como homicídio culposo por meio de inquérito policial instaurado pelo 101° DP.
“Policiais civis do 101º Distrito Policial (Jardim Imbuias) deram cumprimento a quatro mandados de prisão temporária contra quatro pessoas, nesta quarta-feira (24), por envolvimento na morte de um marinheiro, na região do Grajaú, na zona sul da Capital”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio de nota, à CNN.
Diferente do que foi afirmado pela polícia no início da investigação, quando a hipótese era de morte acidental por afogamento, o distrito policial afirmou hoje que a vítima apresentava sinais de asfixia.
“Após análise do laudo necroscópico, foi verificado que havia sinal de asfixia mecânica na vítima, não havendo sinais de afogamento”, disse a SSP.
Segundo o delegado Marcos Gomes de Moura, do 101º DP, Ferrugem recebeu R$ 50 para fazer um passeio com dois casais. “Teve uma festinha dentro do barco, as pessoas beberam cerveja e ele até deixou o pessoal pilotar. E em um momento desses, ele estava dançando na parte de trás do barco e uma outra pessoa estava guiando. Foi aí que teve um solavanco, ele e outra mulher caíram”, afirmou o delegado em entrevista no início de agosto.
Com 41 anos, Adolfo, conhecido como Ferrugem, era presidente da ONG Meninos da Billings, que atua para preservar a região da represa com foco na educação ambiental do manancial.