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    Moraes deve manter sigilo sobre buscas contra empresários até cruzar dados

    Segundo fontes da CNN, ministro do STF só deverá tornar decisão pública sobre busca e apreensão em endereços de empresários quando não houver mais risco à investigação

    Daniel Adjuto

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)), só deve tornar a decisão dele pública no caso envolvendo empresários que teriam defendido golpe quando não mais houver risco de prejuízo à investigação e ao cruzamento de dados, informaram fontes envolvidas no caso à CNN.

    A operação acontece no âmbito do inquérito das milícias digitais, que investiga uma suposta organização criminosa responsável pela disseminação de fake news e ataques às instituições. O foco principal da ação é descobrir se os alvos da operação desta terça financiaram atos antidemocráticos pelo país, segundo fontes ouvidas pela CNN.

    Na terça-feira (23), a Polícia Federal realizou uma operação contra um grupo de empresários que teriam defendido um golpe de Estado através de um grupo de WhatsApp, em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.

    Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra oito empresários. As buscas foram autorizadas por Moraes, que também determinou a quebra de sigilo bancário, bloqueio de contas em redes sociais e depoimento dos empresários.

    A PF apreendeu celulares e computadores de oito empresários. Um deles foi o empresário Luciano Hang, dono da Rees de lojas Havan. Em entrevista hoje à CNN, Hang disse ter “1.000% de certeza que não vão encontrar nada no celular. Nem no meu, nem no das pessoas que foram atrás”. Os demais empresários citados no caso negam as acusações.

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