Bolsas da Ásia fecham em maioria em baixa, com perdas lideradas pela China
Investidores mantêm cautela à espera de novos sinais da trajetória dos juros nos EUA
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira (24), com perdas lideradas pelos mercados chineses, enquanto investidores mantêm a cautela à espera de novos sinais da trajetória dos juros nos EUA.
Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 1,86%, a 3.215,20 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda ainda mais expressiva, de 3,01%, a 2.160,38 pontos, pressionados por ações de montadoras, num momento em que a segunda maior economia do mundo enfrenta sua pior onda de calor em seis décadas e racionamentos de energia.
Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei recuou 0,49% em Tóquio, a 28.313,47 pontos, o Hang Seng perdeu 1,20% em Hong Kong, a 19.268,74 pontos, e o Taiex cedeu 0,18% em Taiwan, a 15.069,19 pontos.
Exceção, o sul-coreano Kospi avançou 0,50% em Seul hoje, a 2.447,45 pontos, interrompendo uma sequência de cinco pregões negativos.
A falta de apetite por risco na Ásia precede o simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
Na sexta-feira (26), o presidente do Fed, Jerome Powell, fará discurso durante o evento e a expectativa é que sinalize o quão agressivo o BC americano poderá ser no aumento de juros em setembro e mais adiante.
Na terça-feira, 23, o responsável pela distrital do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que a instituição só deverá relaxar no ajuste das taxas quando houver evidências convincentes de que a inflação dos EUA está se aproximando da meta oficial de 2%.
Em julho, a taxa anual de inflação ao consumidor americano estava em 8,5%.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul hoje, impulsionada por ações de empresas que divulgaram balanços positivos. O S&P/ASX 200 teve alta de 0,52% em Sydney, a 6.998,10 pontos.