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    O que dizem os empresários alvos de buscas da Polícia Federal

    Ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou mandados contra grupo que teria defendido golpe de Estado caso Lula seja eleito; denúncia surgiu de reportagem do jornal Metrópoles

    Léo Lopesda CNN , em São Paulo

    Um grupo de oito empresários foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (23), e autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

    Os empresários teriam defendido um golpe de Estado no Brasil caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições de outubro.

    A denúncia surgiu de uma reportagem do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, que obteve mensagens trocadas entre os empresários em um grupo privado no WhatsApp. A CNN não conseguiu confirmar as informações.

    Veja abaixo quem são e o que dizem os empresários alvos das buscas da PF.

    Afrânio Barreira Filho

    Afrânio Barreira Filho, do grupo Coco Bambu / Reprodução

    O empresário cearense Afrânio Barreira Filho é fundador da rede de restaurantes Coco Bambu. Além das 64 unidades distribuídas pelo Brasil, o Grupo Coco Bambu também criou, em 2015, o site de vendas de passagens aéreas “yzzer.com”.

    Em posicionamento sobre a operação, Barreira Filho afirma que está “absolutamente tranquilo, pois minha única manifestação sobre o assunto foi um “emoji” sinalizando a leitura da mensagem, sem estar endossando ou concordando com seu teor”. “Confio na justiça e vamos provar que sempre fui totalmente favorável à democracia”, acrescentou.

    “A operação de hoje é fruto de perseguição política e denúncias falsas, as quais não tem nenhum fundamento. Afrânio Barreira está absolutamente tranquilo e colaborando com a busca da verdade, a qual resultará rapidamente no arquivamento da investigação”, afirmou o advogado.

    Ivan Wrobel

    Ivan Wrobel, proprietário da construtora W3 / Reprodução

    O empresário Ivan Wrobel é o dono da construtora W3 Engenharia. A empresa foi criada em 1977 com foco, de acordo com a própria página, “no desenvolvimento de empreendimentos de alto padrão na zona sul carioca”.

    A defesa de Ivan Wrobel, da construtora W3, disse que o empresário “tem um histórico de vida completamente ligado à liberdade”. “Colaboraremos com o que for preciso para demonstrar que as acusações contra ele não condizem com a realidade dos fatos”, afirmou em nota.

    José Isaac Peres

    José Isaac Peres, sócio-fundador da Multiplan / Reprodução

    O empresário José Isaac Peres é sócio-fundador da Multiplan, uma das maiores empresas da indústria de shopping centers do Brasil. Criada em 1974, a empresa gerencia e detém uma carteira com 20 unidades em operação no país.

    CNN tenta contato com a defesa do empresário.

    José Koury

    José Koury, proprietário do Barra World Shopping / Reprodução

    O empresário José Koury é proprietário e idealizador do Barra World Shopping, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A empresa se define como “o primeiro shopping temático do mundo”.

    CNN tenta contato com a defesa do empresário.

    Luciano Hang

    Luciano Hang, das lojas Havan / Reprodução

    O empresário Luciano Hang é um dos sócios que fundou, em 1986, a rede de lojas Havan, em Brusque, Santa Catarina. De acordo com a assessoria da empresa, são 173 lojas físicas distribuídas pelo país.

    A assessoria das lojas Havan confirmou a apreensão do celular de Luciano Hang. “Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. […] Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum falei sobre golpe ou sobre STF”, afirmou Hang através de sua defesa.

    Luiz André Tissot

    Luiz André Tissot, do grupo Sierra / Iara Morselli e Reprodução

    O empresário André Tissot é responsável pelo grupo Sierra. Fundada em 1990 no município gaúcho de Gramado, a empresa se define como “referência mundial no mercado de móveis e artigos de luxo”.

    Em nota, a defesa deLuiz André Tissot afirmou que o grupo Sierra e o empresário “não irão se manifestar sobre o tema”.

    Marco Aurélio Raymundo (Morongo)

    Marco Aurélio Raymundo (Morongo), das lojas Mormaii / Reprodução

    Formado em medicina, o empresário e surfista Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, criou na década de 70 a marca Mormaii. A empresa possui uma linha própria de surfwear e equipamentos para esportistas, além de uma rede de lojas físicas distribuídas pelo Brasil.

    A defesa de Marco Aurélio Raymundo, o Morongodisse que ele “de fato foi contatado hoje pela Polícia Federal, ainda desconhece o inteiro teor do inquérito, mas se colocou e segue à disposição de todas autoridades para esclarecimentos”.

    Meyer Joseph Nigri

    Meyer Joseph Nigri é CEO da Tecnisa, uma das maiores empresas do mercado imobiliário brasileiro. Em seu próprio LinkedIn, Nigri afirma que começou sua carreira como estagiário na empresa e foi promovido a CEO em 2017, cargo que deixou em dezembro do ano passado. Atualmente é vice-presidente do Conselho da Tecnisa.

    A defesa de Nigri informou, por meio de nota, que o empresário “mesmo sem ter tido acesso aos autos do inquérito, como era seu direito, concordou em ser ouvido nesta manhã para colaborar com as investigações. Respondeu a todas as perguntas formuladas pela autoridade e rechaçou qualquer envolvimento com associação criminosa ou práticas que visam à abdicação do Estado Democrático ou preconizam golpe de Estado. Ao contrário, reafirmou sua firme crença na democracia e seu respeito incondicional aos poderes constituídos da República”.

    A manifestação foi assinada pelos advogados Alberto Zacharias Toron e Luiz Otávio Pacífico.

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