Bolsas da Ásia fecham em baixa, após NY sofrer maior tombo diário desde junho
Índice acionário japonês Nikkei caiu 1,19% em Tóquio hoje, a 28.452,75 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,78% em Hong Kong, a 19.503,25 pontos
As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta terça-feira (2), acompanhando o mau-humor em Wall Street, que ontem sofreu o maior tombo em um único pregão desde junho em meio à especulação sobre novas altas de juros nos EUA.
O índice acionário japonês Nikkei caiu 1,19% em Tóquio hoje, a 28.452,75 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,78% em Hong Kong, a 19.503,25 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 1,10% em Seul, a 2.435,34 pontos, e o Taiex apresentou queda de 0,98% em Taiwan, a 15.095,89 pontos.
Na China continental, os mercados tiveram perdas apenas marginais: de 0,05% no caso do Xangai Composto, a 3.276,22 pontos, e de 0,04% no do Shenzhen Composto, a 2.227,38 pontos.
A falta de apetite por risco na Ásia veio após as bolsas de Nova York sofrerem perdas de até 2,5% na segunda-feira, as maiores em um único dia desde junho, em meio a temores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) adote uma postura “hawkish” (favorável à retirada de estímulos monetários) durante o simpósio de Jackson Hole, evento anual do Fed que terá início na quinta-feira (25).
A grande questão é se o BC americano voltará a elevar juros em 75 pontos-base em setembro, como fez em suas duas últimas reuniões, ou se irá moderar o ritmo de ajuste, após sinais de leve desaceleração da inflação nos EUA.
Contrariando a tendência global de aperto monetário, a China reduziu seus principais juros ontem, num momento em que enfrenta sua maior onda de calor em seis décadas e um racionamento de energia que está prejudicando a manufatura.
Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou Wall Street e hoje sofreu também sua maior queda desde junho. O S&P/ASX 200 caiu 1,21% em Sydney, a 6.961,80 pontos.