Lula volta a rejeitar privatizações e teto de gastos
Candidato do PT diz que instrumento é desnecessário; segundo ele, Brasil precisa atrair investimentos, e não vender empresas públicas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a rejeitar nesta segunda-feira (22) a aplicação de uma política de teto de gastos caso volte à Presidência, reafirmando que não haverá privatizações em seu governo. O candidato classificou o teto de gastos como “peça de ficção” e disse que quer convencer investidores estrangeiros a apostar no Brasil.
“Eu fui contra o teto de gastos quando ele foi criado e sou contra agora. Até porque o teto de gastos agora é uma peça de ficção, porque o Bolsonaro o desrespeitou o tempo inteiro”, disse Lula, em entrevista à imprensa estrangeira em São Paulo.
Segundo Lula, o teto de gastos é usado para justificar à população a falta de políticas públicas. “Um governo que tem responsabilidade não precisa fazer uma lei limitando o teto de gastos dele. O teto de gastos me parece uma coisa para garantir os interesses de quem? Do sistema financeiro? Dos credores do governo brasileiro? E do povo brasileiro? Qual é o teto de investimento?”, questionou.
A política foi criada em 2016, durante o governo Michel Temer, para limitar os gastos públicos por 20 anos. Lula fez diversas críticas ao instrumento ao longo da campanha. Em 27 de julho, por exemplo, o petista afirmou que quem faz uma lei de teto de gastos é “irresponsável”. “Não preciso de teto de gastos. Quando você faz uma lei de teto de gastos é porque é irresponsável, porque você não confia no seu taco e não confia no que vai fazer”, disse.
Nesta segunda, o petista ainda defendeu investimento em obras públicas e criticou as privatizações. “Nós vamos colocar o Brasil para viajar o mundo, para mostrar ao mundo o que a gente quer fazer no Brasil. Para que com essa credibilidade a gente convença investidores estrangeiros a confiar no Brasil para fazer investimentos novos e não para comprar empresas públicas, porque vocês sabem que nós não vamos privatizar empresas”, afirmou.
Com informações de Beatriz Carneiro, da CNN
Fotos – os candidatos à vice-presidência
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Ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) é candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Gustavo Magnusson
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General Braga Netto (PL), ex-ministro da Casa Civil e ex-ministro da Defesa, é o candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição • Carolina Antunes
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Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador, é a candidata a vice-presidente na chapa "puro sangue" de Ciro Gomes • Reprodução Twitter
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A senadora Mara Gabrilli (PSDB) compõe uma chapa 100% feminina como vice de Simone Tebet (MDB) • Gerdan Wesley
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Marcos Cintra (União Brasil) atuou, durante o Governo Bolsonaro, como secretário da Receita Federal e é o vice na chapa da presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil) • José Cruz/Agência Brasil
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Tiago Mitraud (Novo), que está em fim de mandato como deputado federal, é o vice na chapa "puro sangue" de Felipe d'Avila (Novo) à Presidência
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A indígena Kunã Yporã, ou Raquel Tremembé, do PSTU, é da tribo Tremembé e é vice na chapa 100% feminina de Vera Lúcia (PSTU) à Presidência • Divulgação PSTU
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Samara Martins (UP) é dentista do SUS e candidata a vice na chapa de Leonardo Péricles (UP) • Thiago Melo / Reprodução Instagram
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Antonio Alves (PCB) é jornalista e vice na chapa de Sofia Manzano (PCB) • Reprodução/ PCB / Wikimedia Commons
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Pastor Luiz Cláudio Gamonal (PTB) é vice de Kelmon Souza (PTB) • PTB
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João Barbosa Bravo (DC), economista e ex-prefeito de São Gonçalo (RJ), é o candidato a vice-presidente na chapa de Eymael • Divulgação