QG de Lula evita ‘guerra santa’ e quer falar de condição de vida com evangélicos
Campanha pretende falar com os fiéis sobre temas como fome, desemprego, perda do poder de compra, saúde e educação
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A despeito da ampliação da vantagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os evangélicos, a cúpula da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traça uma estratégia para conquistar o eleitor do segmento —hoje, majoritariamente, declarando apoio ao mandatário do Palácio do Planalto.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (18) mostrou que, nesse grupo religioso, Bolsonaro saltou de 43% para 49% das intenções de voto no último mês, enquanto o petista flutuou negativamente de 33% para 32%.
Integrantes da campanha de Lula disseram à CNN que a ordem interna é evitar o que tem sido chamado de “guerra santa”. A estratégia, afirmam, é tentar conquistar o eleitor evangélico discutindo “condição de vida”. Isso quer dizer que o PT pretende falar com os fiéis de temas como fome, desemprego, perda do poder de compra, saúde e educação.
A avaliação dentro da cúpula da campanha é a de que parte significativa do eleitor evangélico está concentrado nas classes mais baixas da sociedade e que, a partir desse cenário, é preciso evitar “cascas de banana” que levem o debate eleitoral para uma discussão sobre religião.
Ainda durante a pré-campanha, aliados do ex-presidente Lula montaram uma ofensiva para falar com o evangélico do interior e das periferias do país. Os grupos criados pelo PT tinham como principal objetivo lembrar que, nos governos Lula, aquele eleitor tinha uma melhor condição de vida.
Agora, com o início oficial da disputa pelo Planalto, esse entendimento está cada vez mais cristalizado dentro da campanha e o esforço é para evitar que a economia deixe de fazer parte do debate político.
Integrantes da campanha disseram à CNN que, nesta toada, um dos principais objetivos é reconquistar o eleitor evangélico que, no passado, esteve com Lula. O foco está, é claro, naqueles estratos de renda mais baixa.
Como mostrou o analista de política da CNN Caio Junqueira, no QG petista há quem fale numa possível vitória em primeiro turno e, para isso, conquistar o eleitor evangélico é considerado fundamental.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos – Os candidatos a presidente em 2022
- 1 de 11O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 Crédito: CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
- 2 de 11Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT Crédito: Foto: Ricardo Stuckert
- 3 de 11O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
- 4 de 11Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência Crédito: Divulgação/Flickr Simone Tebet
- 5 de 11Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência Crédito: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
- 6 de 11José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Bras
- 7 de 11Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 Crédito: Romerito Pontes/Divulgação
- 8 de 11Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
- 9 de 11Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 Crédito: Pedro Afonso de Paula/Divulgação
- 10 de 11Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 Crédito: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
- 11 de 11Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) Crédito: Reprodução Facebook