Moraes pede posição da PGR em indiciamento de Bolsonaro por ligar vacina à Aids
Relatório da Polícia Federal que disse que o presidente cometeu incitação ao crime ao associar a vacina contra a Covid-19 com a Aids
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o relatório da Polícia Federal que disse que o presidente Jair Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao associar a vacina contra a Covid-19 com a Aids.
A PF pediu, também, a prévia autorização de Moraes para “serem formalizados os respectivos indiciamentos nos presentes autos” (entre eles o de Bolsonaro), mas sugeriu que seja aguardado o julgamento do recursos apresentado pela Procuradoria-Geral da República contra a decisão que determinou a instauração do inquérito, “sob pena de tornar inócuas as providências”.
“Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação quanto aos requerimentos apresentados pela autoridade policial”, determinou Moraes em despacho publicado nesta sexta (19).
Na quarta-feira (17), a PF pediu a Moraes autorização para tomar o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investiga a fala dele em que relaciona a vacina contra a Covid-19 à Aids.
A delegada Lorena Lima, que conduz a investigação, também pediu para prorrogar a investigação para adotar mais providências (como colher o depoimento do próprio Bolsonaro).
No entendimento da delegada, Bolsonaro “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarme de perigo inexistente aos espectadores”.
A CNN entrou em contato com o Palácio do Planalto para se manifestar sobre o caso, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.