Bolsonaro e seguranças assumiram risco ao confrontar youtuber, diz especialista
Para consultor em gestão de risco, campanhas devem evitar aproximações como a que ocorreu nesta quinta (18)
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (18), o especialista em gestão de riscos Gustavo Caleffi afirmou que, na sua opinião, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua equipe de segurança assumiram o risco durante a confusão com o influenciador Wilker Leão no Palácio da Alvorada, em Brasília.
“A oportunidade que ele [Wilker] teve de se aproximar com o telefone e fazer o que ele fez foi porque ele não estava sozinho. Nitidamente tem uma pessoa filmando e essa outra pessoa não permite que retirem o celular dele”, explica Caleffi.
“Então, assumiu-se o risco. Eu entendo que nesse momento, com a bipolaridade nesta eleição, não é possível que as estruturas das seguranças dos presidenciáveis permitam uma situação de aproximação como nós tivemos hoje”, continua.
O youtuber ofendeu Bolsonaro no episódio. Em seguida, o chefe do Executivo e comitiva tentaram tomar seu celular.
Na ocasião, ele fez perguntas como: “Por que o senhor limitou a delação premiada?” e ofendeu o presidente, chamando-o de “Tchutchuca do Centrão”, “covarde”, “vagabundo” e “safado”.
Ainda fez referências a Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal, legenda de Bolsonaro, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Valdemar Costa Neto, você se entregou para ele. O Lula é ladrão também, mas esse aí tá fazendo tudo o que o PT faz, senão o PT volta”.